O 11º Levantamento da Safra 2024/25, divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), traz informações positivas para o agronegócio de Mato Grosso do Sul. O estado desponta no cenário nacional com previsões de crescimento significativas, impulsionadas por um aumento de produtividade e um avanço na área plantada. O documento detalha ainda as particularidades climáticas que têm moldado o desempenho das lavouras.
A análise da Conab revela que o Mato Grosso do Sul expandiu sua área de grãos selecionados em 2,2%, passando de 6.502,6 mil hectares na safra anterior para 6.644,7 mil hectares em 2024/25. No entanto, em maior destaque está a produtividade, que registrou crescimento de 27,5%, atingindo 3.978 kg/ha, em comparação com os 3.121 kg/ha da safra anterior.
A consequência direta desses ganhos é a previsão de uma produção total de 26.431,7 mil toneladas, um aumento expressivo de 30,3% em relação às 20.291,9 mil toneladas da safra 2023/24.
Influência do clima
O documento da Conab oferece uma visão das condições que impactam as lavouras. A influência do clima, por exemplo, é um ponto central das análises. Por exemplo, na região central, a colheita do algodão avança de forma acelerada, beneficiada por condições climáticas favoráveis. A ausência de chuvas e as temperaturas elevadas têm permitido um ritmo de trabalho constante, superando o desempenho da safra anterior.
Nos municípios de Chapadão do Sul e Costa Rica, mesmo com algumas adversidades pontuais no final do ciclo, a projeção de produtividade se mantém elevada. Contudo, os cotonicultores expressam apreensão com a qualidade da fibra, devido a precipitações e ondas de frio registradas em junho e julho, cujos danos ainda estão em fase de avaliação inicial.
Cenário geral
Em nível nacional, o 11º Levantamento prevê uma safra recorde de 345,2 milhões de toneladas de grãos, um crescimento de 16% em relação à safra 2023/24. Esse aumento na produção é o principal fator a influenciar a oferta e a demanda, com a expectativa de que o milho e o sorgo liderem os acréscimos.
Soja: Com produção estimada em 169,7 milhões de toneladas (+14,8%), a cultura se consolida como a principal força do agronegócio, impulsionada pelo uso de tecnologia e clima favorável. A produtividade média nacional atingiu um recorde de 3.561 kg/ha.
Milho: A produção nacional de 137 milhões de toneladas (+18,6%) contribui significativamente para o aumento da oferta, com a primeira safra crescendo 8,6%.
Algodão: A produção de 3,9 milhões de toneladas de pluma representa um crescimento de 6,3%, impulsionado pelo aumento da área plantada.
Arroz: Com 12,3 milhões de toneladas (+16,5%), a cultura mostra recuperação, com expansão da área semeada e condições climáticas propícias.
Feijão: A produção total de 3,1 milhões de toneladas representa uma queda de 3,5% em relação à safra anterior, mesmo com a primeira safra registrando crescimento.
Trigo: A previsão é de uma redução de 16,7% na área plantada, mas a produção se mantém estável, com 7,81 milhões de toneladas, graças a melhores condições climáticas em comparação à safra anterior.