O telhado do antigo armazém de trens, na rotunda ao lado da Feira Central, desabou durante a forte chuva em Campo Grande na manhã deste domingo (7). Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o patrimônio público cedeu.

Por volta das 10h, a estrutura antiga de madeira não suportou o peso e caiu, balançando até a fiação elétrica próxima à feira. Segundo uma comerciante, que preferiu não se identificar, minutos após o incidente, pessoas foram flagradas tentando furtar a madeira do espaço.

Há uma semana, após a negativa do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) de Mato Grosso do Sul, a Prefeitura de Campo Grande encaminhou um recurso para o Iphan Nacional para tentar conseguir colocar o projeto de R$ 40 milhões da reforma da Feira Central da Capital.

O secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, explicou ao Midiamax que o espaço onde a Feira Central de Campo Grande está localizada é uma área tombada. Sendo assim, é necessária a autorização do Iphan de MS, mas de acordo com o chefe da pasta, o órgão não aprovou o projeto.

Estrutura
Estrutura cedeu durante a chuva (Reprodução)

“A Feira estava sendo cerceada de fazer a proteção ao patrimônio. Impedem a gente de cuidar, mas caiu. O Iphan não é o órgão que constrói, mas pode acionar o órgão competente. Um senhor com carro roubou a madeira (após a queda)”, disse.

“Para executar a obra, algumas liberações são necessárias. O Iphan de Mato Grosso do Sul não aprovou o projeto. Eles alegam que a proposta perderia a visão da rotunda da feira. A meu ver, isso já não acontece devido às árvores que existem no local. Sendo assim, após a negativa, encaminhamos um recurso para o Iphan Nacional e estamos no aguardo”, disse o secretário.

O investimento total é de R$ 40 milhões na estrutura de 11.500 metros de área construída que será distribuída em dois andares. O térreo, com 5,5 mil m² de área construída, será reservado para as 58 bancas de hortigranjeiros e o espaço de venda dos demais produtos.

Confira o vídeo:

(Henrique Arakaki, Midiamax)
Patrimônio ficou destruído (Imagens drone Jorge Hokama)