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Cotidiano

VÍDEO: Indígenas de retomada pedem socorro durante conflito fundiário em Douradina

Na última sexta, a comunidade recebeu a visita de um oficial de Justiça com o aviso de despejo na Terra Indígena
Jennifer Ribeiro, Ari Theodoro -
Indígenas de retomada em Douradina (Reprodução, Rede Social)

Indígenas e apoiadores da retomada Yvy Ajere, Terra Indígena Lagoa Panambi, município de (MS), compartilharam nas redes sociais diversos vídeos que mostram as retomadas Guaraní e Kaiowa, Kurupa Yty e Pikyxyin sendo atacadas durante conflito fundiário. As imagens são deste sábado (3).

Em publicação nas redes sociais, a Apib (Articulação dos povos indígenas do Brasil) afirmou que há pessoas com armas no local e que a Força Nacional se retirou assim que o conflito começou.

Em imagens obtidas pela reportagem do Jornal Midiamax, é possível ver indígenas feridos no pescoço, nas nádegas e na barriga. Em outros vídeos, também obtidos por nossa reportagem, é possível ouvir barulho de muitos tiros e pessoas correndo desesperadas.

“Estão atirando no pescoço das pessoas. Tem muitas crianças e idosos no local e até o momento recebemos informações de que há pelo menos dez feridos. A comunidade pede socorro, eles estão totalmente abandonados”, manifestou a Apib.

Leia abaixo a nota do Ministério dos Povos Indígenas

“O Ministério dos Povos Indígenas recebeu, neste sábado (3), as denúncias sobre novos ataques contra indígenas Guarani Kaiowá nas retomadas na Terra Indígena (TI) Panambi-Lagoa Rica, em Douradina (MS).

Uma equipe do MPI, da Funai e do Ministério Público Federal está no território para prestar suporte de saúde e para garantir a segurança dos indígenas. As imagens recebidas mostram indígenas ensanguentados e feridos. A equipe em campo está apurando o número de pessoas atingidas e outras informações.

Em uma ação conjunta do governo federal, deliberada na sala de situação criada para o acompanhamento de conflitos fundiários, foi decidido que uma equipe ficará permanentemente próxima às áreas de conflitos para deslocamento imediato em casos como esses.

O MPI repudia a violência contra os indígenas Guarani Kaiowá. Vale ressaltar que as retomadas estão sendo realizadas em território já delimitado pela Funai em 2011. O documento segue válido, porém, o andamento do procedimento demarcatório se encontra suspenso por ordem judicial”.

Vídeos de pessoas correndo para socorrer um dos indígenas e barulho dos tiros

Ordem de despejo

Na manhã de sexta-feira (3), a comunidade Guarani e Kaiowá da retomada Guaaroka recebeu a visita de um oficial de Justiça com o aviso de despejo na Terra Indígena (TI) Panambi – Lagoa Rica, em Douradina.

Com base na liminar de reintegração de posse, publicada na semana passada, os indígenas receberam um prazo para a saída da área sem o uso de força policial.

Conforme o advogado da comunidade, Anderson dos Santos, a Procuradoria Especializada da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) recorreu da decisão.

A Força Nacional segue no local e nesta quinta-feira (1) prendeu um casal fortemente armado que com uma camionete invadiu outras duas retomadas: Kurupa’yty e Pikyxyin. Um Guarani e Kaiowá acabou ferido sem gravidade.

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