Há alguns dias os moradores de Corumbá, cidade que fica localizada na região do Pantanal e distante 444 quilômetros de Campo Grande, têm convivido com o céu limpo, com pouca fumaça. Isso porque os focos de incêndio mais próximos da cidade foram controlados. Porém, nesta sexta-feira (28) a fumaça voltou a surpreender os moradores e encobriu a cidade.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax acompanhou a coletiva de imprensa da comitiva do Governo Federal, composta pelas ministras Marina Silva, do Meio Ambiente, e Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento.

Quando a coletiva começou, o céu estava limpo e azul. Em poucos momentos, já na saída da entrevista, o céu estava tomado por fumaça e muita fuligem.

Isso, porque há novos focos de incêndio perto da área urbana, na região de fronteira com a Bolívia, às margens do Rio Paraguai.

O céu da cidade agora também apresenta um tom avermelhado. Esse incêndio está na área da Bolívia e confirma a constatação do Corpo de Bombeiros de que o vento está sentido norte/sul, pela propagação dessa fumaça.

Ainda nesta sexta-feira, as equipes da PrevFogo devem fazer uma avaliação da área queimada nas proximidades da Rodovia BR-262, que também está tomada pela fumaça, como já relatado pelo Midiamax.

Força nacional

Na manhã desta sexta-feira (28), pousou em Corumbá, a aeronave KC 390 da Força Aérea Brasileira. O avião tem capacidade para transportar 12 mil litros de água e vai atuar diretamente na extinção das chamas que ainda queimam a região pantaneira.

O avião chegou junto com comitiva de ministros que cumpre agenda nesta sexta-feira (28), em Corumbá. Além disso, integra ações do governo federal de combate aos incêndios, que ainda inclui outros aviões de 80 agentes da Força Nacional.

Fogo no Pantanal

O fogo tem castigado o Pantanal há semanas e destruiu milhares de hectares do bioma. Na noite de quinta-feira (27), 40 dos 82 agentes da Força Nacional chegaram a Corumbá para reforçar o combate aos incêndios.

O monitoramento de focos ativos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostra que o número de focos no Pantanal de Mato Grosso do Sul chegou a 2.552 entre 1º de junho e a última quinta-feira (27), número muito maior do que os 77 detectados em todo o mês no ano passado.