O teto da Escola Municipal Roberto Almeida, no centro de Miranda, a 208 quilômetros de Campo Grande, desabou na tarde de sexta-feira (16). A unidade estava fechada no feriado da Proclamação da República, portanto, não houve feridos.
Um morador registrou imagens da situação após o desabamento, com várias vigas e teclado destruídos. “Se tivesse criança, morreriam todas”, descreveu ao site local A Princesinha News.
O que diz a prefeitura
Em nota, a prefeitura informou que houve o desabamento parcial da cobertura do saguão principal. Uma inspeção técnica havia sido realizada pelo setor de engenharia do município, no dia 5 de novembro, foram constatados problemas estruturais na cobertura da escola.
“O laudo indicou falhas na tesoura de sustentação da cobertura, apontando risco iminente de colapso, comprometendo sua integridade e colocando em risco a segurança de alunos, professores e funcionários”, diz o comunicado publicado na página oficial da prefeitura.
Diante dessas constatações, a Secretaria de Educação, solicitou imediatamente um reparo emergencial, com a substituição ou reforço da estrutura danificada; recomendou a restrição do acesso ao saguão, para minimizar os riscos à segurança; e antecipou as provas escolares, com o intuito de reduzir o impacto acadêmico devido à necessidade de interdição.
Desabamento antes de reparos
O município ainda teria informado o Ministério Público sobre a situação, para receber respaldo legal e acompanhamento para uma rápida resolução do problema.
Entretanto, as ações foram falhas e a estrutura desabou antes da conclusão dos reparos emergenciais. “É importante ressaltar que, no momento do desabamento, a escola já havia implementado protocolos de segurança para minimizar a exposição ao risco. A Prefeitura lamenta profundamente o ocorrido e reitera seu compromisso com a segurança e o bem-estar de todos”.
Por fim, a prefeitura diz que a Secretaria de Obras e o setor de engenharia mobilizados para uma análise completa dos danos, tomando as medidas corretivas possíveis e garantindo que situações como essas não se repitam.
Não há informações se as aulas serão suspensas e os alunos remanejados.
Insegurança
A situação desapontou pais e familiares de alunos, que questionam as ações de segurança adotas desde a constatação dos danos estruturais na escola.
“Restringir acesso ao saguão não é medida de segurança não; medida de segurança seria interditar a escola para não colocar em, graças a Deus, a escola estava vazia, pois se tivesse um aluno ou funcionário nessa escola (…) Depois dessa nota, assumindo que não fizeram nada concreto e segura, eu iria direto no advogado, processar e responsabilizar a prefeitura por qualquer dano que a pequena viesse sofrer. Irresponsáveis”, escreveu uma.
“Cadê o laudo da vistoria? Porque já não está disponível para a população. Coloque o laudo, por gentileza, juntamente com o comunicado. Nota de esclarecimento sem o laudo da vistoria é a mesma coisa que nada. E as demais escolas, estão na mesma situação? Como comprovar se cada escola tem sua vistoria em dia? E se tiver, a vistoria é com o mesmo engenheiro? Porque se for, troque-o imediatamente”.
