Taxa de letalidade da meningite é de 17% dos casos em Mato Grosso do Sul
Dados são do boletim epidemiológico das meningites do mês de março
Osvaldo Sato –
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Dos 29 casos de meningite já registrados neste ano em Mato Grosso do Sul, cinco terminaram em óbito dos pacientes, resultado em uma taxa de letalidade de 17,24%. Este é um dos dados disponibilizados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) no Boletim das Meningites de março, que compõe parte dos boletins epidemiológicos publicados regularmente pelo órgão.
Dos pacientes infectados, além dos cinco óbitos causados pela meningite, dois outros vieram a óbito por outros motivos. A taxa de letalidade porém, segue próxima da média dos últimos anos. Em 2022, a taxa foi de cerca de 20%, enquanto em 2023 foi de quase 25%.
Após período de queda, o número de casos de meningite voltaram a crescer em todo o País. Em 2023 foram registrados 129 casos no estado de Mato Grosso do Sul, número pouco menor que os 133 casos registrados no ano anterior.
Em 2022 e 2021, os números ficaram abaixo: foram 88 e 89 casos em 2021 e 2020, respectivamente. O boletim destaca que neste anos, foram registradas baixas coberturas vacinais, em decorrência da pandemia do Covid-19, o que pode resultar no aumento de casos nos anos posteriores.
Os tipos de meningites
As meningites podem ser causadas por bactérias, fungos, vírus ou parasitas. As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública devido à magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos.
Sendo um processo inflamatório das meninges, membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal, se manifestam com febre alta de início súbito, dor de cabeça, rigidez na nuca, náusea, vômito, intolerância a luz, confusão mental, convulsões e outros. Em crianças, é verificado ainda o abaulamento da fontanela, recusa alimentar, apatia e/ou irritabilidade, reflexos anormais e outros.
A vacinação é considerada a forma mais eficaz na prevenção das meningites bacterianas, entre elas a meningo C, meningo ACWY, BCG, Pneumo 10 e Pentavalente, sendo as vacinas específicas para seus agentes etiológicos. Por isso, torna-se tão importante que pais e responsáveis mantenham atualizadas as cadernetas de vacinação de crianças e adolescentes.
A vacina meningocócica do Sorogrupo C protege contra a meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo C. Devem receber a vacina crianças aos três meses, com reforço aos cinco e doze meses.
A vacina pneumocócica pentavalente protege contra doenças invasivas, entre elas meningite causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae
(pneumococo). Esta deve ser aplicada ao dois meses, com reforço as 4 e 12 meses de vida da criança.
Já a vacina meningocócica do sorogrupo ACWY protege contra a meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo ACWY e deve ser ofertada a adolescentes de 11 a 14 anos.
No caso da vacina pentavalente, protege contra doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib). Deve ser aplicada ao dois meses, com reforço as 4 e 12 meses de vida da criança.
Por fim, a vacina BCG protege contra as formas mais graves da tuberculose inclusive a meningite por tuberculose. Deve ser administrada em dose única, o mais precocemente possível, de preferência na maternidade, logo após o nascimento.
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