Sesau diz que não há motivo para alarde sobre caso de menina morta com meningite: ‘caso isolado’

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) divulgou nota nesta quinta-feira (3) afirmando que não há motivo para alarde sobre caso de menina que morreu em decorrência de meningite no último dia 1º, em Campo Grande. 

Pais de alunos estão com medo de enviar os filhos para as aulas na Escola Municipal Profª. Ione Catarina Gianotti Igydio, no Jardim Noroeste, onde a menina estudava, após a notícia da morte da estudante. A criança, que tinha 7 anos, também foi diagnosticada com covid-19.

Uma mãe de dois alunos da escola, que também tem dois sobrinhos estudando no local, disse ao Midiamax que o sentimento é de insegurança. “A menininha que faleceu é da sala ao lado da sala do meu filho, o intervalo (lanche) é tudo junto ali”, compartilha.

Ainda segundo a pasta, a secretária de Saúde, Rosana Leite, visitou a escola na tarde desta quinta-feira.

Não existem outros casos, segundo a Sesau

Em nota, a secretaria informou que Rosana “conversou com a gerente da unidade de saúde do Noroeste, Josiane Abregos, e também com a diretora adjunta da escola, Divonete Costa, e não há informações sobre outras crianças doentes na escola com suspeita de meningite.”

“Também não faz parte de nenhum protocolo sanitário a desinfecção de locais em casos assim, muito menos a interdição. A Sesau reitera que segue todos os protocolos de saúde e orientações do próprio Ministério da Saúde neste caso e em relação a outras doenças”, diz ainda a nota.

No texto, a secretaria afirma que informações incorretas sobre o caso “podem gerar pânico na população.” 

“A Sesau reconhece que as pessoas estejam assustadas devido à gravidade da doença, mas não há motivo para desespero já que se trata de um caso, por enquanto, isolado. A situação segue sendo monitorada de perto pelos profissionais da secretaria, e clama pelo fim de informações sem sentido”, finaliza a nota.

Respeito ao luto

Para a mãe de alunos que conversou com o Midiamax, além da preocupação com a sanidade do local, os pais ficaram com sentimento de desinteresse por parte da gestão escolar.

Isso porque, segundo ela, nenhuma ação em respeito à aluna, vítima da doença, e à mãe da aluna, que é professora na escola, foi realizada.

“A escola não teve um pingo de consideração com a aluna, com a professora (que é mãe da aluna), amigos e familiares em ter um luto, nem nada”, conta. “A escola continuou funcionando normalmente”, completa.