Ranking: Mato Grosso do Sul está sob fumaça e Coxim lidera com menor umidade do ar, em 7%
Há vários fatores que afetam os níveis de qualidade do ar, com destaque para a ausência de chuvas como o principal agravante
Valesca Consolaro –
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Em meio à onda de calor, tempo extremamente seco e fumaça que se alastra por Mato Grosso do Sul e outros estados de quase todo o país, o problema de má qualidade do ar aumenta mais. Segundo o meteorologista do Cemtec, Vinícius Sperling, há vários fatores que afetam os níveis de qualidade do ar, com destaque para a ausência de chuvas como o principal agravante.
“Há a falta de chuvas e uma seca histórica prolongada, derrubando muito a umidade do ar. Somado a isso, a gente está recebendo, nos últimos dias, fumaça que vem de todos os cantos do país”, disse Vinícius.
O meteorologista explica que nem a questão de rumo dos ventos altera essas condições, pois há fumaça emergindo de todos os biomas e de várias regiões do país.
Em meio a tais condições, não há como negar que a qualidade do ar esteja em níveis ruins. Além disso, o meteorologista explica que, no momento, não há seque municípios de MS em condições muito melhores ou piores que outros, pois a seca e a fumaça se alastram de forma geral.
No mapa, vemos que Mato Grosso do Sul está totalmente coberto com fumaça. Confira:
Cidades mais secas em MS
Conforme os dados atualizados pelo Inmet nesta segunda-feira (9), Mato Grosso do Sul lidera a lista de cidades mais secas do país. Confira o ranking em relação aos municípios com as piores condições de umidade do ar:
- Coxim e Sonora – 7%
- Costa Rica e Distrito Nhumirim – 9%
- Amambai, Aquidauana, Jardim, Miranda, Sidrolândia e São Gabriel do Oeste – 10%
- Campo Grande, Cassilândia, Chapadão do Sul, Corumbá e Dourados – 11%
Qualidade do ar
Em contexto geral, se formos pensar na qualidade do ar em contexto amplo, há alguns sistemas de dados, considerandos menos tradicionais, que sistematizam essas informações.
Conforme o sistema de “Poluição do ar em Latin America: Mapa da qualidade do ar em tempo real“, Corumbá está classificada com o ar “pouco saudável”, com 159 pontos. Outras cidades brasileiras não estão classificadas nesta segunda-feira (9).
Há também o Qualiar — Monitoramento da Qualidade do Ar — da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que classifica o ar de Campo Grande como moderado, com 77 pontos, também nesta segunda-feira (9).
Baixa umidade do ar
Mato Grosso do Sul segue sob alerta vermelho de perigo para a baixa umidade do ar e onda de calor. Nesta segunda-feira (9), o Inmet renovou quatro alertas e, entre os mais severos, está o de umidade do ar abaixo dos 12% e calor de 5ºC acima de média.
Diante disso, os órgãos de saúde orientam a população a redobrar os cuidados, evitar exposição ao sol nos horários mais quentes, bem como atividade física de alta intensidade em qualquer horário.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a umidade do ar ideal para a saúde dos seres humanos deve estar entre 50 e 60%. Por isso, quando o índice fica entre 21% e 30%, já é decretado o estado de atenção. Logo, com os índices na faixa de 12% para baixo, a população deve tomar mais cuidados.
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