Fielmente o mês de agosto é conhecido pelo clima seco e quente e, em 2024, a previsão é de massas de ar seco intensas que vão afugentar as chuvas em Mato Grosso do Sul. Além dos prejuízos à saúde, este tipo de clima agrava a situação dos incêndios florestais e urbanos.

A previsão do Climatempo é que o tempo seco continuará predominando na maior parte do Brasil, seguindo o que já está acontecendo nos últimos meses. Além disso, a tendência é que o calor aumente na região Centro-Oeste por conta da atuação mais intensa das massas de ar seco.

Beber bastante água, usar umidificador de ar e evitar horários muito quentes ao ar livre serão indispensáveis nesta época, já que a umidade relativa do ar despencará. Os riscos de queimadas também aumentam. O Pantanal já sofre com as queimadas há dois meses e a tendência é que a situação piore.

Influenciada pelas massas de ar seco, as chuvas ficarão abaixo da normalidade. A partir da segunda quinzena de agosto, uma nova massa de ar seco se estabilizará na faixa central do Brasil, intensificando ainda mais o cenário da seca no país.

O ar seco impedirá a formação de chuvas significativas, mantendo as temperaturas elevadas e a umidade do ar baixa, especialmente no Centro-Oeste. Ainda se esperam temperaturas acima da média nesta época.

Incêndios no Pantanal

Segundo a meteorologista Valesca Fernandes, coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), agosto será um período mais delicado.

Isso porque, dos dias 1° a 7 de agosto, o tempo segue firme na região pantaneira, com temperaturas estáveis e acima da média, entre 34 °C a 37 °C. A umidade relativa do ar também seguirá baixa, entre 10% a 30%.

Isso, segundo Valesca, propicia um cenário de difícil enfrentamento aos incêndios florestais, até mesmo por meio de aeronaves.

Na quinta e sexta-feira da próxima semana deve haver um aumento de nebulosidade, resultado de uma frente fria que se aproxima do Estado, mas a probabilidade de chuvas é mínima na região pantaneira. Sem a previsão de chuva, a probabilidade de fogo no próximo trimestre é de alerta máxima.

Este alerta também vale para as outras regiões do Estado. As regiões central, sudeste, leste e nordeste representam níveis de atenção e observação.