Por impasse salarial, 30 mil trabalhadores da construção civil podem parar em Campo Grande

Contraproposta aos trabalhadores ofereceu apenas o índice acumulado

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Construção Civil (Arquivo, Jornal Midiamax)

Com data-base em março e um impasse na negociação salarial até este mês, cerca de 30 mil trabalhadores da construção civil podem parar em protesto para melhores salários.

“Estamos planejando paralisações pontuais em cada empresa nos próximos dias”, afirma José Abelha, presidente do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de Campo Grande).

A medida vem depois que o Sinduscon-MS (Sindicato das Indústrias da Construção) retornou com a contraproposta de negociação salarial para a categoria. O Sinduscon ofereceu apenas o índice acumulado da inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que fechou no mês de fevereiro em 3,86%.

“Este índice não traz nenhum ganho real aos trabalhadores. Nos últimos anos, sempre tivemos reajuste acima da inflação”, explica Abelha. Segundo ele, o setor da construção civil está em plena expansão com intensificação das obras.

“As empresas não param de lançar novos empreendimentos. Fica claro que quando existe oferta, existe demanda. Já os trabalhadores constroem sonhos, mas vivem uma triste realidade de salários baixos”, conclui.

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