Passaredo já fez voos em MS e último foi em 2020 com mesmo modelo de avião que caiu em SP

A Voepass, antiga Passaredo, já fez voos em Mato Grosso do Sul e o último serviço foi realizado em 2020 em voo de Congonhas (São Paulo) ao Aeroporto Internacional de Campo Grande. A aeronave, inclusive, foi do mesmo modelo do avião que caiu com 62 pessoas em Vinhedo (SP) nesta sexta-feira (9), um ATR-72.

Conforme dados de voos passados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a então Passaredo chegou a realizar, entre os anos 2000 e 2020, 410 pousos em Campo Grande e 408 decolagens da Capital. A maioria dos voos comerciais aconteceram em trechos entre as cidades de Dourados-Campo Grande, Campo Grande-Dourados, além de voos entre Três Lagoas-Campo Grande e Campo Grande-Três Lagoas.

As informações na base de dados da Anac mostram que os voos realizados aconteceram em aeronave modelo ATR-72, com 70 assentos. Muitos voos surgem nos registros como ‘cancelados’ devido à falta de passageiros.

A Passaredo deixou de ter voos em MS por quatro anos. Em 2016, registrou último voo de Guarulhos para Campo Grande e somente em 2020 teve novo e último serviço. De Congonhas para Campo Grande.

Aeronave

O modelo, ATR-72 é movido a hélices, não por motor a jato. Entretanto, isso não faz o avião inferior, pelo contrário. O modelo é tido como um dos mais modernos e seguros da atualidade.

Conforme divulgado pelo UOL, a aeronave foi criada para operar em pistas de pouso com menos de 1.850 metros. O ATR-72 é normalmente usado pelo mercado civil de transporte em rotas domésticas, como a rota Cascavel — Guarulhos. O primeiro voo de um ATR-72 foi em 1988, realizado pela Finnair.

Tragédia aérea deixa 62 mortos

A Voepass confirmou, na manhã deste sábado (10), mais uma vítima do acidente aéreo registrado na sexta-feira (9), em Vinhedo, no interior de São Paulo. O nome do passageiro Constantino Thé Maia, de 50 anos, não constava na lista de pessoas a bordo no avião.

“Questão técnica identificada pela companhia referente às validações de check-in, validação do embarque e contagem de passageiros embarcados”, informou ao portal de notícias g1.

“Em respeito à identidade do passageiro e de sua família, a VOEPASS decidiu confirmar a informação de que Constantino estava a bordo do voo 2283 somente quando não houvesse dúvidas”, diz nota enviada pela companhia aérea.

Constantino era representante comercial de várias empresas do ramo de construção civil. O acidente ocorrido na tarde de ontem não deixou sobreviventes. Este foi o maior acidente aéreo em número de vítimas desde 2007.

Até o momento, foram confirmadas 62 vítimas, entre elas 58 passageiros e 4 tripulantes. Os corpos retirados foram levados ao IML (Instituto Médico Legal).

Gabinete de crise montado no local do acidente é formado pelas polícias Federal, Militar, Civil, Científica, além de Cenipa, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e representantes da companhia aérea Voepass.