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Cotidiano

No Dia das Mães, famílias com crianças passam madrugada ao relento para tentar ocupar terreno no Tijuca

Parte do grupo é composta por ocupantes de condomínio que recebeu ordem de despejo no bairro São Jorge da Lagoa
Thalya Godoy -

Dezenas de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica passaram a noite ao relento no bairro Tijuca, na madrugada deste Dia das Mães (12). A situação de desabrigados, seja por despejo ou por não conseguir pagar aluguel, uniu cerca de 40 famílias com o objetivo de erguer barracos em um terreno no cruzamento das ruas Dinamarca com Rio da Prata. A GCM (Guarda Civil Metropolitana) está de plantão no local.

Parte dessas famílias receberam ordem de despejo da Justiça para desocupar o imóvel conhecido como “Carandiru”, na Rua Polônia, no bairro São Jorge da Lagoa, no prazo de 60 dias. 

Em fevereiro do ano passado, a construtora e o proprietário, que também têm posse do “Condomínio Carandiru”, no bairro Mata do Jacinto, receberam pela 6ª Vara Cível do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul a reintegração de posse do terreno. O Midiamax esteve no endereço em julho do ano passado e 16 famílias viviam a incerteza sobre o futuro.

Quando a obra foi abandonada, havia blocos de alvenaria, apartamentos semiacabados e uma edícula nos fundos.

Um ano após a decisão, as famílias afirmam que não têm para onde ir e se juntaram ao grupo que não consegue pagar aluguel. Assim, decidiram ocupar o terreno público considerado como área verde. 

Segundo Marli Cristina, eles foram para o terreno, por volta das 17h de sábado (11), após se organizarem em um grupo do WhatsApp. Horas depois, forças de segurança estiveram no local e impediram a ocupação. Mesmo assim, as famílias permaneceram no endereço e viraram a madrugada ao relento.

Local na manhã deste domingo. (Canal Fala Povo)

“Tem bastante família, bastante criança, aqui é área verde. A gente foi conversar com vizinhos, está difícil para todo mundo pagar aluguel, muitos receberam ordem de despejo em 60 dias e vieram para cá”, relata. 

De acordo com Marli Cristina, o grupo tem se revezado na calçada, na manhã deste domingo (12), com rodízios para as pessoas tomarem banho. A movimentação no local é menor.

Uma equipe da Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) esteve no local para fazer orientações às famílias. A GCM (Guarda Civil Metropolitana) acompanhou o grupo de servidores e está de plantão no local. Confira a nota da Emha:

“A Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) esclarece que, durante a madrugada deste domingo (12), equipes do setor de monitoramento e fiscalização estiveram atuando contra uma tentativa de invasão.

As famílias não haviam construído nada no local e estavam com seus móveis em frente ao lote para iniciar a invasão. Informa ainda que as famílias foram orientadas a buscar atendimento no setor social posteriormente para conhecerem os programas emergenciais vigentes da agência”.

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