O responsável pela barragem do lago do Nasa Park, que rompeu na terça-feira (21), deve apresentar um Plano de Recuperação Ambiental do espaço atingido pela enxurrada, além de assumir o prejuízo pelos danos causados aos afetados. A informação é do Governo do Estado.

“Estamos em uma ação com a Defesa Civil para avaliar os impactos do desastre ambiental que ocorreu com o rompimento da barragem e a descida de 800 milhões de litros de água”, afirma o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck.

O governo voltou a dizer que o Nasa Park não tem outorga de recursos hídricos e nem plano de segurança da barragem e que o rompimento causou impacto ambiental, incluindo destruição da APP (Área de Preservação Permanente).

Totalmente irregular

A barragem do lago construído no loteamento de luxo Nasa Park é totalmente irregular. A estrutura nunca recebeu autorização do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) para construção e nem certificado ambiental. Além disso, o empreendimento recebe notificações desde 2019 sobre a necessidade de regularizar a barragem, o que nunca foi feito.

A informação é do Imasul, que explica que a barragem do Nasa Park foi vistoriada pelo órgão em 2019, com a presença do proprietário, e recebeu classificação ‘Alta’ para riscos e danos. Na prática, a classificação significa que a barragem apresentava fissuras e necessidade de melhorias e, caso rompesse, provocaria muitos danos.