MPMS pede remoção de alunos de creche interditada pelos bombeiros em Sidrolândia
Local foi parcialmente interditado por Bombeiros após denúncias de falta de infraestrutura
Aline Machado, Karine Alencar –
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Nesta quarta-feira (17), o MPE (Ministério Público Estadual) recomendou a retirada dos alunos do CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) Irmã Demetria Pedrosa de Almeida, em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande.
O prédio da instituição de ensino, que atende crianças de até 5 anos, foi parcialmente interditado pelo Corpo de Bombeiros, na segunda-feira (15), após denúncias de problemas na infraestrutura em salas de aulas.
A recomendação do MPE é de que o Município remova os estudantes para um local adequado para que os estudos não sejam prejudicados e as crianças sejam mantidas em segurança. No documento, o MPE ressalta que a Prefeitura não deve transferir os alunos para outras instituições de ensino para evitar a lotação em outras unidades de educação infantil.
O descumprimento em relação à remoção dos alunos acarretará multas diárias ainda a serem estipuladas. O prazo para a remoção também não foi definido.
À reportagem do Jornal Midiamax, a Prefeitura informou que desconhece a recomendação do MPE e afirmou que todas as medidas em relação ao prédio já foram adotadas.
Interdição
O prédio foi interditado pelo Corpo de Bombeiros na segunda-feira (15), a prefeitura tem o prazo de 30 dias para iniciar as obras.
Ao Midiamax, a prefeitura justificou que houve apenas um isolamento de algumas salas que estavam com problema de infiltração. “A engenheira do setor de planejamento acompanhou isso, já pontuou as medidas que têm que ser tomadas para resolver a demanda, mas a creche continua recebendo os alunos”, disse a assessoria.
A administração assegurou que as obras devem começar quanto antes e não haverá licitação para os serviços. “A própria equipe de manutenção da prefeitura vai adquirir os materiais e vão executar”, disse.
Terceira fase da Operação Tromper
No dia 3 de abril, o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriu mandados na Prefeitura de Sidrolândia. Políticos e servidores são investigados por fraudes em licitações e esquema de corrupção.
Conforme apurado pelo Midiamax, a Prefeitura de Sidrolândia volta a ser um dos locais visitados pelas equipes policiais. O paço já foi alvo de mandado em outra fase da Operação Tromper.
Nesta terceira fase, o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), que é genro da prefeita de Sidrolândia Vanda Camilo (PP), foi preso preventivamente. Também está preso o ex-candidato a vereador de Sidrolândia Ueverton Macedo, o Ueverton Frescura.
A prisão do empresário Ueverton foi confirmada pelo advogado Fábio de Melo Ferraz. Outro alvo da operação é o empresário Carmo Name Junior. Carmo era servidor comissionado no gabinete da prefeita Vanda Camilo até 2023.
Em 2022, ele chegou a viajar para o Chile em comitiva com a prefeita e também o genro dela, Claudinho Serra.
Mandados
Em Sidrolândia, foi cumprido mandado na empresa Do Carmo. Essa empresa já teve contratos com a Prefeitura de Sidrolândia, que encerraram em fevereiro. Os contratos somam aproximadamente R$ 14 mil e são relativos à aquisição de prêmios para sorteio e para jogos escolares.
Além disso, a casa do ex-secretário de Obras de Sidrolândia, Carlos Alessandro da Silva, o Lê, também seria local de cumprimento de mandado, bem como a casa do subsecretário de Educação, Rafael Rodrigues.
Carlos Alessandro já foi alvo da Operação Tromper enquanto secretário e foi exonerado em agosto de 2023. Milton Paiva, outro réu no âmbito da Tromper, também estaria entre os investigados nesta fase.
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