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Cotidiano

Mesmo sob ataques e intimidação, indígenas continuam com retomada de áreas em MS

Tensão entre os indígenas e fazendeiros cresce desde domingo
Fábio Oruê -
indígena
Indígenas durante retomada (Reprodução, Redes Sociais)

Os indígenas de e Douradina seguem na retomada de áreas de TI (Terras Indígenas), mesmo com os ataques armados e intimidação nos últimos dias em Mato Grosso do Sul. A tensão entre os povos originários e fazendeiros cresce desde domingo (14).

Os conflitos trouxeram a Força Nacional e equipes do Governo Federal e MPT (Ministério Público Federal) até o Estado para tentar mediar a disputa de terras e proteger os indígenas. Desde o início da tensão, um indígena acabou ferido com tiro na perna e pelo menos outros quatro tiveram ferimentos diversos.

Pelas redes sociais, os indígenas estão pedindo por doações para manter a retomada. Em Douradina, a TI Panambi – Lagoa Rica está oficialmente reconhecida, identificada e delimitada com 12,1 mil hectares desde 2011. Seu processo de demarcação, contudo, está paralisado por conta de medidas que tentam instituir a tese do Marco Temporal.

Ministério dos Povos Indígenas destaca a instabilidade gerada pela lei do Marco Temporal (lei 14.701/23), além de outras tentativas de avançar com a pauta, como a PEC 48, para a tensão entre indígenas e fazendeiros.

A consequência é a incerteza jurídica sobre as definições territoriais que afetam os povos indígenas e a abertura para atos de violência que têm os indígenas como as principais vítimas.

Já em Caarapó, a TI -Amambaipeguá I está delimitada em 56 mil hectares desde 2016. Este é o mesmo local que foi palco do conflito conhecido como ‘Massacre de Caarapó’. Na ocasião, o indígena Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza foi morto a tiros.

Conflitos

No domingo (14), a mira estava contra os Guarani e Kaiowá em Douradina. O ataque se deu após a retomada de parte do território da comunidade. Na ocasião, um grupo de homens armados invadiu o tekoha e disparou contra os indígenas.

Diante dos ocorridos em Douradina, os Guaranis e Kaiowás de Caarapó também retomaram uma área no domingo. Uma jovem foi atingida na perna e, até o final da tarde de domingo, encontrava-se no território, sem atendimento médico.

Este é o mesmo local que foi palco do conflito conhecido como ‘Massacre de Caarapó’. Na ocasião, o indígena Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza foi morto a tiros quanto homens armados e uniformizados, em dezenas de caminhonetes, invadiram o território e atiraram contra a comunidade, resultando na morte e ferimento de outras cinco pessoas.

Imagens divulgadas nas redes sociais também mostram um grupo de indígenas de Dourados se deslocando por uma estrada, com sacolas, familiares e animais de estimação, fugindo da perseguição.

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