Mesmo com greve, Conselho Universitário decide manter calendário de aulas na UFMS

Professores que mantiveram aula terão que esperar reposição para iniciar grade do segundo semestre de 2024

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Greve teve início no dia 3 de maio (Foto: Ana Laura Menegat, arquivo Midiamax)

Em reunião realizada nesta quarta-feira (12), o Conselho Universitário votou por manter o calendário de aulas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). A medida vale para os 9 campus espalhados no interior do Estado.

Com a decisão, os docentes que optaram por não aderir à greve seguem o calendário letivo, no entanto, terão que esperar a reposição das aulas suspensas para dar continuidade à grade que compreende o 2° semestre de 2024.

Conforme a presidenta da Adufms (Associação dos Docentes da UFMS), Mariuza Guimarães, a continuidade do calendário contou com 49 votos, contra 13 que pediam pela suspensão.

“A votação foi 13 favoráveis e 49 contrários, mas ainda assim, os docentes que seguem com o calendário terão que esperar a reposição das aulas no fim da greve para dar continuidade à greve do 2° semestre. Não tem outro jeito”, afirma.

A greve na iniciou-se no dia 3 de maio deste ano e afeta cerca de 25 mil alunos nos câmpus de Campo Grande e outras 9 cidades: Aquidauana, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranhos, Ponta Porã e Três Lagoas.

Segundo informações publicadas pela Adufms, há uma semana, a reitoria da UFMS emitiu um parecer no qual dispõe sobre a possibilidade de professores grevistas terem o ponto cortado.

“É uma tentativa de intimidar os professores e encerrar a greve. No entanto, isso só aconteceria caso decretassem a greve como ilegal pelo Supremo Tribunal do Trabalho, ou se o Governo Federal assim decidir. O parecer, na verdade, ele teve um caráter muito mais de intimidação do que propriamente de legalidade”, afirma. 

Greve nas universidades federais

A greve teve início no dia 3 de maio de 2024. A categoria pede por correção salarial, reestruturação na carreira e melhorias na educação, mas ainda não chegou a um acordo com o Governo Federal, que não atendeu ao pedido de aumento em 2024.

Sobre a recomposição salarial, cerca de 1,5 mil docentes que compõem o quadro das universidades federais do Estado, pedem 3,69% de reajuste em 1º de agosto de 2024; 9% em 1º de janeiro de 2025; e 3% em maio de 2026.

A última proposta apresentada pelo Governo Federal inclui aumentos escalonados de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Contudo, não contempla aumento em 2024.

Sem definição nas negociações, a greve continua e não há previsão para que as atividades sejam retomadas. Uma nova reunião entre a categoria e o Ministério da Educação está prevista para o próximo dia 14, em Brasília.

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