Melhor época para motoristas é peso no bolso de quem depende de carros de aplicativos

Achar corrida por aplicativos está mais difícil e caro em Campo Grande

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Ilustrativa de Uber
(Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

A proximidade das festas de fim de ano têm alterado a rotina do campo-grandense e o ir e vir das tradicionais confraternizações, passeios e mesmo trabalho, estão pesando mais no bolso. Isso porque o preço das corridas por aplicativo chega a dobrar em horários de pico, sem contar o tempo de espera bem maior.

Com sistema de transporte público sucateado e precário, a população de Campo Grande que não tem veículo próprio é refém de carros de aplicativos. Mas desde o início de dezembro é crescente o relato de usuários em relação ao preço alto e a dificuldade em encontrar corridas.

“Semana passada fiquei 35 minutos esperando um carro de aplicativo e paguei R$ 40 numa corrida de R$ 20”, afirma um cliente frequente do transporte por aplicativo. Assim como ele, quem depende desse tipo de transporte para se locomover têm sofrido.

Até em corridas curtas e na região central de Campo Grande, passageiros têm tido dificuldade. “Fiquei 20 minutos tentando conseguir um carro para uma corrida no centro e o preço estava bem mais alto que o normal”, relata.

Ruim para clientes, bom para motoristas

Enquanto se locomover por Campo Grande tem pesado no bolso de clientes, para os motoristas a época é oportunidade de garantir uma renda extra e conseguir arcar com os impostos de início de ano.

“Todo dezembro é o melhor mês para o motorista, pois aumenta o volume de chamadas devido ao fim do ano, os passageiros saem para comprar, passear com a família. E é a chance de conseguir pagar os impostos e fazer um caixa”, explica o motorista de aplicativo, Fuad Salamene Neto.

Mas dezembro de 2024 é um ano atípico. Fuad explica que este ano, muitos motoristas abandonaram a profissão e houve um aumento significativo do transporte por motos, o que significa escassez de carros.

Com os preços nas alturas, o motorista de aplicativo afirma que muito colegas deixaram o setor. “Teve muita evasão nessa área, muitos entregaram os veículos alugados e é por isso que está faltando tanto motoristas”.

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