Na noite de segunda-feira (24), a lua vermelha chamou a atenção, assustando e encantando. Já nesta manhã de terça-feira (25), o sol alaranjado intenso refletia outro destaque para o céu. O fenômeno pode ter relação com a poluição e fumaça de incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Imagens de satélite indicam a evolução da fumaça que parte de Corumbá, o que pode ter influência com a lua vermelha e o sol laranja intenso. Sendo assim, o meteorologista Vinicius Sperling, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), explica que houve virada de vento de direção nordeste, norte, oeste, sudoeste por influência da frente fria.

“Essa virada típica da frente fria pode ter carregado fumaça para cá. Provavelmente hoje muda a direção com ventos de sudoeste, da pluma de fumaça, mas com vento sudoeste já não vem para Campo Grande”.

fumaça
Fumaça avança de Corumbá (Zoom Earth)

Lua vermelha na fase cheia

As análises espaciais mostram que desde o dia 23 a intensa camada de fumaça ganha força com a mudança dos ventos e condições meteorológicas. Além da frente fria, o Estado ainda passa por um período de tempo seco, o que favorece o fenômeno no céu da Capital.

Conforme o Observatório Nacional, a lua está em fase de lua cheia, com 94% de visibilidade e decrescendo.

Mais de 2,4 mil focos de incêndios

Mato Grosso do Sul começa a última semana de junho com o registro de 2.481 focos de incêndio até o dia 23. O montante é o maior número já registrado em junho e se iguala a dados de agosto de 2020, por exemplo, quando as queimadas tomaram proporções históricas.

Os dados de monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram o que o Jornal Midiamax viu in loco na semana passada. Equipe de reportagem esteve em Corumbá, cidade com maior número de focos de incêndio do país, e viu de perto a devastação deixada pelas queimadas.