Limpeza de terrenos e derrubada de casa geram revolta em moradores na região do Nasser
Associação do bairro alega que grileiros se interessaram no bairro por conta da regularização da prefeitura
Fábio Oruê, Thalya Godoy –
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Empresa contratada para limpar terrenos na Vila Sumaré, na região do Nasser, gerou revolta em moradores que estão lá há mais de 15 anos, na tarde desta terça-feira (6). Famílias passam por regularização na prefeitura de Campo Grande.
De acordo com presidente da Associação da Vila Curicaca – vizinha da Alto Sumaré -, Fábio Gomes, desde a semana passada, máquinas têm ‘rondado’ as ruas das vilas e limpado terrenos desocupados. Nesta tarde, três foram limpos e uma casa derrubada.
Moradores se revoltaram com a cena e tentaram intervir. Segundo trabalhador que fazia o serviço, que não quis se identificar, o suposto dono dos terrenos o contratou para a limpeza. Ele estava munido de documento e explicou ao Jornal Midiamax que o proprietário comprou os terrenos de um inventário.
A casa de alvenaria derrubada estava desocupada, mas vizinhos contaram que o antigo morador – que seria o dono – sempre ia até o local limpar e olhar a residência.
“Moro aqui desde 2007. Construí minha casa com reciclagem. A gente assentava tijolo ali à noite para sair do aluguel. Nós que mandamos abrir rua”, desabafa a vizinha Vilma Gomes, que assistiu à destruição.
Ocupação
Conforme Fábio, há anos a região virou massa falida da Imobiliário Sumaré e virou um lixão. A Prefeitura de Campo Grande desativou o lixão e então pessoas começaram a ocupar os terrenos. Durante anos, os moradores abriram as ruas e reivindicaram água, luz e esgoto na região.
Recentemente, o Executivo Municipal começou a regularizar as centenas de famílias que moram lá. O presidente da associação alega que muitos ‘grileiros’ cresceram o olho na região por conta dessa regularização e tentam ocupar terrenos desocupados. Por conta disso, tentaram impedir os serviços.
A empresa derrubou muros, portões, tirou mato, mas também acabou quebrando encanamento. Tamara Castello mora ao lado de um dos terrenos limpos e teve o cano da caixa d’água danificado.
“Estouraram o cano da minha casa, estou sem água. Uma parte do muro caiu. Meus cachorros estão presos. Minha casa está exposta”, reclamou ao Jornal Midiamax.
Vários moradores se concentraram na Rua Baependi, onde um limoeiro foi deixado no meio da via. Eles pediam que, no mínimo, a árvore fosse retirada dali. A PM (Polícia Militar) esteve no local e tentou intermediar a discussão. Um contêiner instalado em um dos terrenos indica que obras devem iniciar ali.
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