Lidar com ambientes de risco e proteger pessoas; conheça detalhes do trabalho de guarda-noturno

Profissionais atuam no monitoramento de segurança, controle de acesso, atendimento de emergências e na prevenção de perdas

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Ilustrativa – Segurança privada (Foto: banco de imagens Freepik).

Ter uma observação afiada, capacidade de resolução de problemas e foco são algumas das habilidades que esses profissionais precisam ter no dia a dia de trabalho. Vigilantes, seguranças e guardas-noturnos são trabalhadores que se dedicam a proteger locais públicos e privados durante a noite, enquanto a maior parte da sociedade dorme.

Para homenagear esses profissionais, dia 19 de outubro foi instituído como Dia do Guarda Noturno, trabalho que vai do motociclista que passa acionando um dispositivo sonoro na rua da sua casa, até o vigilante que faz a segurança de locais como hospitais, instituições importantes e agências bancárias.

De maneira geral, eles realizam monitoramento de segurança, de controle de acesso, fazem atendimento de emergência e atuam na prevenção de perdas.

Para isso, enfrentam desafios que, claro, podem colocar em risco a vida deles. “Muitas vezes, os vigilantes trabalham em ambientes de risco, onde podem enfrentar situações perigosas, como confrontos com criminosos”, explica Renata Costa, que atua na escola de formação de vigilantes Defendi, em Campo Grande. 

“Além disso, trabalhar em turnos noturnos ou em horários variados pode afetar a saúde e o bem-estar dos vigilantes”, completa. 

Desafios do trabalho 

O vigilante e instrutor de segurança privada, Adailton Souza, destaca que esse trabalho é “uma força auxiliar da segurança pública.”

Como ex-policial do Exército Brasileiro, ingressou na segurança privada em 1996. Atualmente, como instrutor credenciado pela Polícia Federal, ensina pessoas em formação a serem bons profissionais.

“A segurança pública não tem condições de fazer a segurança de todo o Estado, por exemplo. Os bancos, as instituições financeiras, se não tiverem um vigilante, não podem abrir”, detalha.

Ou seja, pela segurança dessas empresas, mas também de funcionários, clientes e da população, esses profissionais são contratados para cumprir suas atividades. 

“Muitas vezes, a sociedade nem percebe a importância daquele profissional que fica ali dia a dia fazendo a segurança dos funcionários, como também do público. Mas se não for a segurança privada, a equipe do transporte de valores não chega nas agências bancárias”, pontua. 

Condições de trabalho

Turma em formação em escola de vigilantes de Campo Grande (Foto: Divulgação).

Entre os desafios que esses profissionais vivem estão as condições de trabalho. Em alguns lugares, a falta de equipamentos adequados ou suporte técnico pode dificultar o desempenho eficaz das funções.

Além disso, lidar com o público, incluindo pessoas difíceis ou sob efeito de drogas, pode ser uma situação delicada que exige habilidades específicas, sem contar que a responsabilidade de proteger pessoas e propriedades pode gerar alto nível de estresse e pressão.

“É por isso que esses desafios demandam habilidades específicas e uma abordagem proativa para garantir a segurança e a eficácia no trabalho”, define Renata.

Melhorias na profissão

Ex-policial do Exército e instrutor de segurança privada, Adailton Souza, com turma em formação (Foto: Arquivo pessoal).

Para Adailton, essas questões esbarram na valorização desses profissionais. “Creio que ainda falta muito para isso. Acho que a sociedade não sabe a importância da segurança privada para ela mesma. Em todos os lugares nós estamos, em shoppings e hospitais, indústrias, bancos, em shows, feiras… Então, como eu disse, a segurança pública não consegue fazer tudo isso, aí é onde entra a segurança privada”, afirma.

Ele também explica que o crime organizado se aperfeiçoou para poder atuar em ações ilícitas e realizar assaltos, como a transportadoras, carros-fortes e escoltas.

No entanto, o setor de segurança privada não está evoluindo como deveria. “Como aumentar o calibre do nosso armamento, o porte de arma fora do serviço”, pontua o especialista.

“São aspectos que precisavam olhar, olhar para a vida dos profissionais que trabalham nessa área, que se arriscam para proteger o bem de outras pessoas. Temos colegas que hoje saem com uma escolta e não voltam”, completa.

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