De 45 municípios de Mato Grosso do Sul monitorados pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), 31 tiveram chuvas muito abaixo da média e 14 tiveram chuvas acima da média histórica no mês de julho de 2024.

As informações fazem parte do Boletim Mensal da Análise das Condições Meteorológicas em Mato Grosso do Sul, divulgado nesta sexta-feira (2).   

Interior do estado 

Segundo os dados, julho teve chuvas com valores entre 0 e 15 mm na maior parte do estado, nas regiões centro-norte, pantaneira, norte e nordeste. 

A única porção de MS onde foram registradas precipitações acima de 15 mm foi a sul. Os 14 municípios monitorados que tiveram chuvas acima da média estão localizados nessa região.

Em contrapartida, todo o restante do território sul-mato-grossense registrou entre 25 e 30 dias sem chuvas. Na imagem abaixo, área destacada em vermelho mais forte indica cidades que ficaram entre 25 e 30 dias sem chuvas em julho.

O município com maior precipitação foi Iguatemi, onde observou-se 86 mm de chuva acumulada em julho, o que representa 58% abaixo da média histórica. 

Campo Grande

Na Capital, os índices ficaram abaixo da média histórica em todos os pontos onde são realizadas medições de chuva. 

O maior registro de precipitação acumulada mensal em Campo Grande foi observado no pluviômetro automático da Cemaden, com 9,2 mm. Isto representa 74% abaixo da média esperada para o mês.

Já na estação meteorológica localizada na Embrapa Gado de Corte, também em Campo Grande, a chuva acumulada em julho ficou 82% abaixo da precipitação média histórica. 

Os dados obtidos nesta estação no período de 1981 a 2010 definiram a média histórica da cidade, que é de 35,7mm.

Temperaturas

A menor temperatura registrada em julho foi de 1°C no dia 1° do mês, em Iguatemi. Já a maior temperatura registrada no estado no mês passado foi de 38ºC no dia 28, em Corumbá. 

Em relação à umidade relativa do ar, o menor nível registrado foi de 13% nos municípios de Água Clara, Corumbá, Coxim, Nhumirim-Nhecolândia e Sonora, ocorrendo, principalmente, entre os dias 27 a 29 de julho. 

A maior rajada de vento observada foi de 55,4 km/h, no município de Corumbá, no dia 06.

Seca no estado

No geral, houve uma intensificação das condições de seca no estado na comparação ao mês de junho. Nas três escalas usadas para detectar secas, observa-se intensidade na categoria seca, indicando déficit de precipitação. 

As regiões mais críticas continuam sendo leste, norte, central, pantaneira e bolsão. Já na comparação com os últimos 3 meses, observa-se que as condições de secas intensificaram, sendo as regiões mais críticas sudoeste, pantaneira, central, norte e bolsão.

Previsão para os próximos meses

Ainda de acordo com o levantamento, a tendência climática indica maior probabilidade das chuvas ficarem abaixo da média histórica em Mato Grosso do Sul nos meses de agosto, setembro e outubro. 

Já nas regiões sudeste, leste e nordeste, as chuvas tendem a ficar dentro do que é esperado para o trimestre.

Além disso, a tendência climática também indica que a temperatura do ar deve ficar acima da média para o período, ou seja, o trimestre deverá ser mais quente que o normal em Mato Grosso do Sul.