Jardim Noroeste deve receber primeira escola estadual de ensino integral em 2025

Faltam 16 dias para o fim do calendário escolar estadual em Mato Grosso do Sul. Para o ano letivo de 2025, a REE (Rede Estadual de Educação) prevê a inauguração da primeira escola estadual de ensino integral no Jardim Noroeste, em Campo Grande. Ao todo, o Estado terá a ampliação de 12 mil novas vagas para o período integral, sendo a maior parte para o ensino fundamental.

Ainda sem nome, a escola será uma unidade de extensão, atendendo alunos da Escola E. Hércules Maymon, como explica o secretário de Estado de Educação, professor Helio Queiroz Daher. “É um pedido muito antigo da comunidade. Nossa expectativa é entregá-la entre março e abril. Não terá matrícula inicial agora, mas depois de inaugurada faremos a designação de vagas”.

Para o secretário, o calendário escolar fecha com metas atingidas, por exemplo, no índice de reprovação e evasão escolar. A meta para o próximo período será a conclusão de 50 novas escolas e entrega de 115 reformas.

Redução de evasão escolar

Daher cita o projeto-piloto PAP-MS (Programa de Aprendizagem) será mantido no próximo ano. A iniciativa alia a educação com a qualificação profissional e inserção no mundo do trabalho, entre jovens de 14 e 24 anos matriculados e com bom desempenho educacional.

“Em Anaurilândia, por exemplo, nós ofertamos o ensino integral, mas não há grande adesão, pois é muito comum em cidades do interior o jovem querer trabalhar. Nós queríamos entender o motivo da evasão escolar e esse era um dos motivos. Nesse projeto-piloto, que deu muito certo, a escola oferece o estudo técnico para o primeiro emprego”.

Das 210 mil vagas disponíveis em 348 escolares presentes em todos os municípios, além de 120 extensões, a REE atende 190 mil estudantes. Segundo a SED, a oferta de vagas de tempo integral é oferecido em 61,2% das escolas. Com o aumento no número de vagas, o total de estudantes matriculados nessas turmas poderá chegar à marca de 52 mil.

Escola monitorada

Outro desafio para a gestão foi manter a segurança nas escolas após os episódios de violência e ataques à estudantes no Brasil. O programa “Escola Segura, Família Forte” permanece em 300 escolas da área urbana. Daher diz que é uma expectativa inserir câmeras de segurança em escolas da área rural e indígenas.

“O programa conseguiu contribuir muito bem para a segurança nas escolas. As câmeras estão instaladas nos corredores. Casos não são divulgados porque são controlados e amparos. Por exemplo, quando identificamos um comportamento agressivo, imediatamente o setor psicossocial é chamado. A família é chamada e o estudante recebe uma grande rede de apoio. Há um trabalho ativo nas escolas”.

Além do videomonitoramento, a SED alia a parceria com a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), com ações preventivas de rondas policiais nas unidades de ensino.

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