Instituto Mirim volta a fornecer marmitas para estudantes após uma semana de distribuição de salgados
Para os pais que se preocupavam com a alimentação dos filhos, a notícia foi comemorada
Jennifer Ribeiro –
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Nesta quinta-feira (11), o Instituto Mirim volta a fornecer as marmitas dos estudantes após uma semana da substituição por salgados. O retorno do fornecimento acata um pedido dos pais que não concordaram com a solução dada pela instituição em março, que vem realizando uma reforma na cozinha. Segundo o Instituto, o fornecimento das marmitas ficaria suspenso de abril a agosto e neste período de obras, 1 salgado seria enviado diariamente para cada estudante atendido pelo projeto.
A novidade foi compartilhada com os pais pelo WhatsApp. “Aprendizes e responsável legal, informamos que a partir de amanhã – 11/04/2024 – será reestabelecido o fornecimento das marmitas junto às empresas contratantes”, diz o informativo.
Para os pais que se preocupavam com a alimentação dos filhos, a notícia foi comemorada. É que, segundo os responsáveis dos estudantes, muitos saem cedo de casa, por volta das 10h, vão para o trabalho, para escola na sequência e só então, por volta das 22h, retornam para casa, horário em que conseguem fazer uma refeição completa.
O que diz o Instituto?
À reportagem, o Instituto Mirim de Campo Grande pontuou que a equipe diretiva não parou de estudar as possibilidades para que fosse retomado o fornecimento das marmitas nas empresas parceiras. Agora eles estão adequando a padaria – onde são produzidos os salgados – para utilizar o espaço como cozinha.
Assim, parte das marmitas serão produzidas na padaria e outra parte, na cozinha que foi cedida por uma igreja temporariamente. Inclusive, este segundo espaço já estava sendo utilizado para a produção das marmitas dos mirins que passavam o dia no Instituto.
“No momento atual, salientamos que estamos dando um passo além das nossas possibilidades, pois além da obra, estaremos produzindo as refeições tornando-se ainda mais oneroso para este período e com isso, teremos que fazer cortes e eliminar algumas ações e aquisições, inclusive da cozinha que estavam planejadas para este ano. Reforçamos, também, que somos uma Organização da Sociedade Civil, sem fins lucrativos, onde todo o recurso proveniente dos contratos – acordo de cooperação são revertidos em benefícios aos nossos usuários”, diz a nota.
O Instituto reforça ainda que estão abertos a doação de alimentos ou de qualquer valor financeiro que possa contribuir com a aquisição dos itens necessários para garantir a produção e entrega das marmitas nas empresas.
Relembre
No dia 14 de março, os pais dos estudantes atendidos pelo Instituto Mirim foram informados em reunião de que a cozinha da instituição passaria por reformas e que por isso, o fornecimento das marmitas seria temporariamente substituído por 1 salgado. A distribuição começou no dia 1º de abril.
Para as famílias atendidas, o cenário era de preocupação, visto que os jovens saem cedo de casa para trabalhar e só voltam à noite, após as aulas. Para muitos, a marmita entregue pelo Instituto é a única refeição do dia.
À reportagem, o Instituto Mirim afirmou, em nota, que ficaria a cargo das famílias reforçarem a alimentação dos menores durante o período da reforma: “Durante o período de reforma, que tem previsão de duração de 120 dias, foi comunicado às famílias que a instituição procurando alternativas para não suspender totalmente a entrega de alimentação, iria contribuir diariamente com o envio de um salgado dos adolescentes que habitualmente recebem a marmita, cabendo às famílias reforçarem a
alimentação dos adolescentes para os dias que a rotina é trabalho e escola”.
Ainda conforme a instituição, “os mirins em jornada de curso presencial no Instituto Mirim,
atividade prática na empresa e turno escolar, estavam recebendo o almoço na instituição normalmente”.
Por fim, o Instituto Mirim afirmou que “o oferecimento gratuito do aporte nutricional só é possível porque temos produção própria, portanto, com a reforma da cozinha e do refeitório, visando oferecer um melhor atendimento para os beneficiados, os recursos financeiros não eram suficientes para fazer a reforma e manter o fornecimento das marmitas”.
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