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Cotidiano

Indígena de 44 anos e idosa foram feridos em ataque durante retomada em Douradina

Segundo o MPF, durante a diligência, foi constatado que dois indígenas apresentavam ferimentos
Valesca Consolaro, Fábio Oruê -
indígenas
Camionetas têm cercado área, ameaçando os indígenas (Reprodução, Redes Sociais)

Em nota compartilhada nesta segunda-feira (15), o MPF (Ministério Público Federal) informou que irá instaurar um Procedimento Investigatório Criminal para apurar as eventuais infrações penais em . Na noite de domingo (14), um grupo de indígenas foi atacado na Terra Indígena Panambi – Lagoa Rica e conflito com fazendeiros acontece no local.

Segundo o MPF, durante a diligência, foi constatado que dois indígenas apresentavam ferimentos: Jonas Aquino, de 44 anos, atingido por munição letal na coxa esquerda, e Celia Jorge, idosa, cuja idade não foi possível saber enquanto o trabalho era realizado.

A mulher teve o braço e mão direitos atingidos por objeto não letal, não identificado. Ambos apresentavam estado de saúde estável, informou o MPF.

Conforme a nota do MPF, o conflito ocorreu em uma área de propriedade privada, limítrofe entre duas áreas já ocupadas, denominadas Gwa’aroka e Guyra Kambiy. 

“Os proprietários rurais teriam se unido e formado um comboio com várias caminhonetes para realizar a reintegração de posse, portando fogos de artifícios e armas de munições letais e não-letais, o que teria resultado nos ferimentos que foram verificados pelo MPF”, informou a nota.

Reivindicação vai além de terras

Ainda segunda a nota do MPF, além da antiga reivindicação pelo território ancestral, a comunidade também objetivava a cessão da pulverização de agrotóxicos pelos produtores rurais e que, segundo eles, são constantemente despejados há poucos metros das casas e nascentes da qual fazem o consumo da água. 

“Após ouvir o relato da comunidade, o MPF se deslocou para a sede da propriedade rural apontada pelos indígenas como responsável pela organização do ataque e retirada. A Polícia Federal acompanhou o trabalho”, informou o MPF.

Conflito em Douradina

Alvo da retomada desde a tarde de domingo (14), a Terra Indígena Panambi – Lagoa Rica é oficialmente reconhecida, identificada e delimitada com 12,1 mil hectares desde 2011. Seu processo de demarcação, contudo, está paralisado por conta de medidas que tentam instituir a tese do Marco Temporal.

Segundo nota da Aty Guasu, em represália à retomada, durante a tarde de domingo, os indígenas foram atacados por fazendeiros da região, que invadiram a comunidade em bando. Durante o ataque denunciado, no tekoha Guayrakamby”i, um indígena foi alvo de tiros, ficando ferido na perna.

Polícia investiga o caso

Polícia Civil de Douradina abriu uma investigação sobre o ataque ocorrido, que está sendo tratado como tentativa de esbulho possessório. Segundo o delegado Gustavo Mucci, a Polícia Militar foi até o local e ninguém foi detido na ocasião.

Acionada pelo Jornal Midiamax, a Polícia Federal informou que deu início a fase investigatória para o esclarecimento dos fatos e que acompanha o conflito no local com a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e MPF (Ministério Público Federal).

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