O Humap-UFMS/Ebserh (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) está recrutando pacientes com fibrilação atrial, conhecida como arritmia cardíaca, para fazer parte de um estudo internacional sobre a condição. Ao todo, mais de 40 países em todos os continentes participam da pesquisa observacional.

Conforme o cardiologista da Humap, Delcio Gonçalves da Silva Junior, pioneiro na pesquisa clínica no Estado, lidera o número de inclusões no Brasil até o momento. O objetivo é observar o manejo dos pacientes com alto risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral), sendo acompanhados por dois anos.

Neste período será observada a incidência de AVC e eventos hemorrágicos nos pacientes com e sem o uso anticoagulantes. Além disso, a fibrilação atrial aumenta significativamente o risco de AVC, que é uma das principais causas de mortalidade e incapacidade a longo prazo.

Estima-se que cerca de 33 milhões de pessoas no mundo tenham a condição, que tende a aumentar devido ao envelhecimento da população e a alta prevalência dos fatores de risco como diabete, hipertensão e obesidade.

“O estudo vai levantar o número de pessoas com fibrilação atrial que deveriam estar recebendo anticoagulantes para prevenção de AVC, mas que não estão devido a contraindicações o uso de medicação. Isso é uma condição relativamente frequente e que impacta no prognóstico. O levantamento está sendo realizado no mundo e vai possibilitar a introdução de novas medicações com ação anticoagulante, porém com menor risco de sangramento”, explica o Dr. Delcio Gonçalves.

A equipe é composta pelas sub-investigadoras Adriana Lugo Ferrachini e Bruna Gameiro e os coordenadores Paula Serafin, Camila Bronzoni e Filipe Nunes Gonçalves.

Pacientes com fibrilação atrial que não estão em uso de anticoagulantes e que quiserem participar da pesquisa podem entrar em contato pelo telefone (67) 3345-3428.