A greve dos professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) completou um mês no último sábado (1º) e segue com 68% dos docentes paralisados. Com o intuito de fortalecer o movimento grevista, os professores promovem nesta segunda-feira (3) a ‘Marcha em Defesa da Educação Pública Federal’, na Praça do Rádio, em Campo Grande.

Os professores reivindicam a recomposição salarial, ou seja, a correção dos salários conforme a inflação, além de melhorias nas condições de trabalho e na qualidade da educação pública.

O ato contará com a participação da Adufms, Aduf Dourados, Sinasefe, Sista, Sintef, IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e entidades estudantis. No local, os docentes prestarão esclarecimentos à sociedade por meio de panfletagem e discursos.

Presidenta da Adufms (Associação dos Docentes da UFMS), Mariuza Guimarães, destaca que a greve será mantida até que haja uma proposta satisfatória por parte do Governo Federal. Nesta segunda-feira (3), o MEC (Ministério da Educação) deve anunciar uma nova contraproposta.

“Continuamos com o nosso movimento em defesa da universidade brasileira, com a nossa greve, entendendo que em breve o governo se sensibilizará com o nosso movimento e atenderá nossas reivindicações”, disse.

A última proposta apresentada pelo Governo inclui aumentos escalonados de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, resultando em reajustes acumulados entre 12,8% e 16,11% até maio de 2026. Contudo, para 2024, nenhum aumento está previsto, o que levou a categoria a rejeitar a proposta.

Vitor Sanches, representante do comando de greve do IFMS, reforça que o ato visa ampliar a mobilização.

“É a hora de nos mobilizarmos. O governo tomou uma atitude inadmissível assinando com o Proifes escondido. Temos que responder à altura. Por isso, devemos unir forças e lutar pelas nossas pautas em comum. Zero por cento não é proposta.”

Mais de 20 mil alunos afetados na UFMS

UFMS Campo Grande
UFMS Campo Grande (Aquivo, Midiamax)

Em Mato Grosso do Sul, a paralisação total pode afetar mais de 25 mil estudantes matriculados em 138 cursos da UFMS. A paralisação das aulas depende de cada curso, mas os docentes não têm obrigação de aderir à greve.

Além disso, o reitor Marcelo Turine criou um grupo de trabalho para tratar do movimento grevista dos professores, assim como realizado com o movimento de greve dos servidores técnico-administrativos.

Vale lembrar que, desde o dia 14 de março, servidores técnico-administrativos da UFMS pararam as atividades em ação nacional.

Em nota, a UFMS informou que a greve é um direito constitucional e a adesão é individual. No entanto, a instituição esclareceu que não haverá suspensão do Calendário Acadêmico de 2024 pela reitoria.

A greve dos professores, iniciada em 1° de maio, ocorre nove anos após a última paralisação da categoria em Mato Grosso do Sul. O movimento grevista nacional recebeu adesão de 39 instituições federais em todo o país, conforme levantamento do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).

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