Tradicional nesse período do ano, as comemorações juninas foram a oportunidade encontrada por uma escola para tratar de um assunto que é de todas as épocas: a inclusão. Na Escola Estadual Professora Doris Mendes Trindade, localizada em Aquidauana, a 130 km de Campo Grande, teve celebração e dança para todas as idades e para toda diversidade de público, inclusive PCDs (pessoas com deficiência).
Segundo a coordenadora pedagógica da escola, a professora Cristina Lúcia, a unidade escolar sempre teve a tradição de promover a festa junina para toda a comunidade.
“A escola Dóris tem 37 anos e em toda a sua história sempre teve como tradição promover a festa junina para toda a comunidade. É um evento cultural bem importante aqui na comunidade em que ela está inserida, não só com as atrações culturais, como também a praça de alimentação é bem forte aqui”, contextualiza a professora.
Mesmo sendo um tema que parece atual, ela explica que inclusão sempre foi algo importante na unidade. “A escola sempre teve esse cuidado, mesmo quando a inclusão ainda não era tão falada e tão divulgada. A escola sempre teve essa preocupação que, todos os estudantes que quisessem, tivessem a oportunidade de participar”, detalha.
Um dos destaques deste ano foi uma aluna cega do ensino médio e outra aluna cadeirante, que é aluna do projeto AJA (Avanço do Jovem na Aprendizagem).
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“A professora que preparou toda a coreografia da festa também participou da dança, e de maneira especial, dançou com a filhinha de apenas 2 anos, usando um sling”, conta.
Outras iniciativas
De acordo com a coordenadora, a questão é considerada prioridade na escola porque também a instituição oferece “sala de recurso multifuncional, que é um apoio, uma ajuda para os alunos com algumas deficiências”, detalha.
“Então, até por isso, a escola ainda tem um olhar ainda mais aguçado para esses estudantes, e aí essa preocupação de que eles estejam inseridos, estejam felizes na escola”, finaliza.
Segundo o MEC (Ministério da Educação), os sistemas de ensino devem “promover mudanças em sua organização, a partir do projeto político pedagógico das escolas, de modo que possam oferecer um atendimento educacional com qualidade a todas as crianças, eliminando barreiras atitudinais, físicas e de comunicação.”
A orientação do ministério é que as políticas educacionais das instituições de ensino estejam voltadas para a “eliminação de todas as formas de discriminação, de modo que os alunos possam participar plenamente das ações pedagógicas e sociais da escola, centradas nas diferentes formas de aprender e conviver.”
“Não é só questão de tendência, não é nem modismo, mas é uma questão de humanidade e de educação mesmo, a inclusão dos alunos com deficiência”, finaliza a coordenadora.