Embaixadora do samba e benzedeira, familiares se despedem de Dona Cida em Campo Grande

Cida era matriarca da escola de samba Unidos do Cruzeiro

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Dona Cida (Reprodução, Redes Sociais)

Na manhã deste domingo (29), ocorre o velório de Aparecida Gomes da Silva, mais conhecida como Cida do Picolé, matriarca da escola de samba Unidos do Cruzeiro, em Campo Grande. Emocionados, amigos, familiares e colegas de avenida se reuniram no Centro Comunitário do Estrela do Sul para prestar suas últimas homenagens.

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“A minha mãe era a embaixadora do samba, ela era uma benzedeira, um patrimônio desse Estrela do Sul, um ícone, uma pessoa sem demagogia, uma pessoa sem igual”. O relato é de Thierrys Guedes, filho de Dona Cida. Emocionado, ele relembrou a história de sua mãe e o carinho que ela tinha com todos que passavam por sua vida.

“Ela foi a minha mãe e uma mãe de outros tantos. Todo mundo que ia na minha casa da minha mãe, comia, dormia, todo mundo. Era divina, uma grande dama”, afirma.

Apesar da saudade e do coração abalado pela partida repentina de Dona Cida, Thierrys enfatiza que a marca deixada pela mãe é a de uma senhora preta que resistiu todos os dias com muita garra e felicidade. Dona Cida será homenageada no Carnaval 2025.

Familiares e amigos se despedem de Dona Cida (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Uma pessoa inesquecível

Para Jane Rodrigues, Dona Cida era uma mulher que todos conheciam, que adorava conversar com todo mundo, sempre prestativa e caridosa. Para ela, foi extremamente chocante receber a notícia de falecimento, já que Cida não estava doente. A rapidez como tudo aconteceu pegou todos de surpresa.

“Vai ser muito triste, né? Primeiro perdemos o Picolé, e agora, ela. Essa é uma notícia que abala todo mundo”, lamenta.

Neta mais velha de Dona Cida, Meryellen Guedes, era quem cuidava de Dona Cida. Para a reportagem, afirma que guardará as boas recordações com a avó que, para ela, foi a mulher mais espontânea e alegra que conhece.

“Ontem, quando a doutora veio nos dar a notícia, disse que ela entrou falando da escola de samba dela, que ela tinha que sair para desfilar. Era assim que ela sempre foi. Gostava de sair, de dançar, conhecia todo mundo, sorria, brincava. E é assim que a gente vai lembrar dela”, aponta.

Conforme a neta, na sexta-feira Cida passou mal dentro do quarto e foi imediatamente levada para uma unidade de saúde. No sábado, conseguiram uma vaga na Santa Casa. Por volta de 16h30, enquanto aguardava para realizar uma cirurgia cardíaca, não resistiu e faleceu.

“Ela nunca teve problema de saúde, nunca tomou remédio para nenhum tipo de doença. Ela estava bem. Sempre teve o costume de sair, de andar, e aí ela chegou, tomou um banho e deitou, aí quando a gente entrou pra dar um suco pra ela, estava caída. Acredito que hoje ela tá em paz porque Deus achou que era o momento de chamar e ela partiu”, finalizou.

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