Em pleno outono, Mato Grosso do Sul pode ter calorão com máxima de 36°C nos próximos dias

Diferente das ondas de calor de 2023, dessa vez o clima deve ser de deserto, com baixa unidade relativa do ar

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Tempo aberto em Campo Grande (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Uma nova onda de calor chega a Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (24) e até o sábado (27) deve elevar as temperaturas e reduzir a umidade relativa do ar, criando cenário típico de deserto. Mas qual a diferença dessa onda de calor? Duas situações são importantes destacar, o calor no outono, quando as temperaturas deveriam estar mais amenas, e o período de estiagem.

Diferente das ondas de calor de 2023, quando as temperaturas passaram dos 40°C e a chuva era rotina, dessa vez as máximas devem chegar aos 36°C o que não é muito para o Estado, porém, a baixíssima umidade do ar piora a situação. Na terça-feira (23), por exemplo, Campo Grande registrou máxima de 32,2°C com umidade em 28%.

Segundo o Clima Tempo, a origem da onda de calor está associada a uma área de alta pressão na média atmosfera, que atua como um bloqueio atmosférico. Esse sistema favorece a manutenção do ar seco e quente, o que provoca as altas temperaturas.

A previsão é que nos próximos dias, uma área de alta pressão na média ganhe força sobre Mato Grosso do Sul e Paraná, migrando lentamente para o leste e sudoeste do país.

Inmet não considera onda de calor

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) trata a situação como uma massa de ar quente e seco e devido à variação da área de abrangência das altas temperaturas, bem como do período (dias consecutivos), e das divergências nas previsões de temperaturas indicada pelos modelos, não caracteriza a situação futura como Onda de Calor.

O Inmet explica que utiliza a nomenclatura de Onda de Calor quando a previsão indica que as temperaturas (neste caso, especialmente as máximas) devem ficar 5°C acima da média mensal pelo período de, no mínimo, dois a três dias consecutivos, em determinada área de abrangência.

O Instituto também ressalta que, a intensidade do aviso (nível amarelo, laranja ou vermelho) está relacionada com a persistência do fenômeno (número de dias consecutivos) e não apenas aos desvios de temperatura absolutos.

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