Reforma da antiga rodoviária de Campo Grande avança e chama atenção de quem passa

Projeto tem custo de R$ 18,5 milhões aos cofres públicos

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Reforma antiga rodoviária de Campo Grande (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

O projeto do terminal rodoviário Heitor Eduardo Laburu – local conhecido como a antiga rodoviária de Campo Grande – segue a passos lentos. Há mais de dois anos em reforma, apenas 27% da obra foi executada, ou seja, ainda são necessários 73% para a conclusão. Mesmo devagar, a reforma é o que alimenta esperança aos comerciantes da região.

“A expectativa é de que essa obra termine o mais rápido possível. A situação está ruim e essa reforma será um alívio para a população. Estamos cansados das promessas, mas temos esperança”, ressalta o lojista que mantém uma loja de brechó há 10 anos na região.

Alexandre é dono de um brechó na antiga rodoviária l(Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

O comerciante Mario Jorge, de 44 anos, mantém uma lanchonete no local, há quase 3 anos, quase que o mesmo tempo de reforma do prédio. Ele afirma que se não fosse pela reforma, já teria deixado o local.

“Se não fosse a reforma, já teria me mudado. As pessoas têm muito receio em virem aqui porque acham que vão ser assaltadas e não é assim. Por eu sempre ter morado nessa região, estou acostumado, as as outras pessoas não”, lamenta.

Érica Silva Simões, que também tem um brecho e um espaço de outlet próximo da antiga rodoviária, admite expectativas em relação à revitalização, mas destaca que a esperança reduz a medida que o tempo de reforma se estende. “Às vezes até duvido que vão terminar mesmo”, diz.

Reforma começou em 2022 (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Projeto de revitalização

Com uma área de 30 mil metros quadrados, 5,1 mil pertencem à Prefeitura. A intenção da revitalização é atrair investimentos e a circulação de pessoas no entorno da antiga rodoviária, que fechou as portas há quase 14 anos. A previsão era de que a reforma, aprovada em 1º de julho de 2022, durasse um ano.

“Já são mais de dois anos e meio”, destaca Paulo Pereira, que mantém comércio há 47 anos no local. Ele é um dos responsáveis pelo condomínio, que já abrigou mais de 230 lojas e, atualmente, conta com 30 estabelecimentos em funcionamento.

Paulo Pereira é um dos responsáveis pelo condomínio da antiga rodoviária (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Segundo o comerciante, a obra não interfere na área particular do prédio, que é mantida por aproximadamente 50 condôminos que fazem o pagamento mensal de R$ 150,00, que soma o total de R$ 7.500,00 ao mês.

Com pouca arrecadação, a reforma na área particular é ainda mais distante que a conclusão da reforma administrada pela Prefeitura, afinal, caberá aos donos de salas as reformas no interior do prédio.

Interior da antiga rodoviária deve ser revitalizado por condôminos (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Na Rua Joaquim Nabuco, entre as antigas plataformas de embarque e desembarque dos ônibus do transporte municipal, haverá novo espaço para a Guarda Civil Metropolitana e a sede da Funsat (Fundação Social do Trabalho).

A outra área pública que margeia a Rua Vasconcelos Fernandes, antigo terminal de ônibus do transporte coletivo, será uma área de estacionamento que funcionará em horário comercial.

Ainda em conformidade com o projeto, o piso receberá nivelamento para se tornar um espaço para eventos. Além disso, o projeto inclui a instalação de blocos intertravados, semelhantes aos usados na revitalização da rua 14 de Julho.

Prédio em reforma com 27% do projeto executado (Foto Henrique Arakaki, Midiamax)

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