Dificuldade em achar lixeiras deixa Esplanada Ferroviária repleta de lixo após Carnaval

Desde as primeiras horas do dia, equipes da Solurb realizam a limpeza para preparar a Esplanada para um novo dia de festa

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Limpeza das ruas pós Carnaval
Limpeza das ruas pós Carnaval (Henrique Arakaki, Midiamax)

Os blocos de Carnaval seguem a todo vapor em Campo Grande. No entanto, ao final da folia, uma cena comum se repete: ruas repletas de lixo que se espalham pela Esplanada Ferroviária. Na manhã desta terça-feira (13), equipes da Solurb, empresa responsável pela coleta de resíduos, estiveram no local para realizar a limpeza e preparar as ruas para um novo dia de festa.

Copos descartáveis, preservativos e restos de comida, com o fim do bloco, o lixo se espalha não só na Avenida Calógeras, onde fica a Esplanada Ferroviária, mas também nas ruas ao entorno, como a Dr. Temístocles, Av. Mato Grosso e Rua General Melo. Em meio a isso, uma reclamação frequente entre os foliões é a dificuldade em achar lixeiras.

A limpeza dos banheiros, outra reclamação recorrente, foi feita logo nas primeiras horas do dia, por uma empresa terceirizada contratada pelo Governo do Estado.

Para amenizar o mau cheiro pós a folia, equipes da Solurb precisaram do auxílio de um caminhão pipa e desinfetante. Por volta das 8h todo o local já estava praticamente limpo.

Comerciante pedem mudança no local dos blocos

Carnaval
Banheiros foram higienizados por empresa terceirizada (Henrique Arakaki, Midiamax)

Camila Osório, subgerente de um comércio próximo à Esplanada, reclama que todos os anos é a mesma coisa. Para ela, o maior problema é o forte odor de urina em frente ao seu comércio.

“Urinam na porta, vomitam, a gente chega e encontra essa situação deplorável, o certo seria limpar mais cedo. Quando abrimos, às 8h, as equipes ainda estão limpando, isso é ruim. Eu mesmo gosto de carnaval, mas deveriam organizar isso melhor”, diz.

Para Cláudio Mothe, proprietário de uma loja de materiais de construção, a solução seria transferir os blocos para uma região isolada, longe de casas e estabelecimentos comerciais.

“É horrível, lavam as ruas, mas nossas portas, quando a gente chega, está tudo cheio de urina. Já pedimos que fosse feito o Carnaval em outro local. Todo mundo tem o direito de se divertir, mas sem causar inconveniente para o outro, o ideal seria transferir para um local sem comércios e residências”, argumenta.

Mas nem todos compartilham da mesma opinião, um morador, que preferiu não se identificar, defende que é preciso ter mais tolerância por parte dos comerciantes. Ele ressalta que não gosta de Carnaval, mas entende que a folia faz parte da cultura brasileira e que logo após a festa, tudo estará limpo outra vez.

“Esse é o preço do carnaval, particularmente não gosto, mas acho que deveria ter mais tolerância, sim. Após o bloco eles vão limpar as ruas, o lixo sairá. Colocar em outro lugar só iria dificultar o acesso, são apenas três dias de festa”.

Vale destacar que o Carnaval é uma das festividades mais lucrativas para o setor de bares e restaurantes de Mato Grosso do Sul. Neste ano, a folia deve resultar em um crescimento de no mínimo 15% no faturamento dos comércios.

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