De queima de fogos à festa em casa, saiba como proteger seu pet na virada do ano

Embora o momento possa ser de muita alegria, tanta agitação pode ser estressante para os pets

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Filhote de cachorro com seu dono em Campo Grande. (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Casa lotada por familiares e amigos, decorações por todos os lados, muita música, comida, e os ainda barulhentos fogos de artifício colorindo o céu são tradições que muitos brasileiros não abrem mão quando o assunto são as festas de fim de ano. Embora o momento possa ser de muita alegria, tanta agitação pode ser estressante para os pets.

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Isso porque o período comemorativo provoca uma mudança repentina na vida de cães e gatos que, de um dia para o outro, precisam interagir com pessoas que nunca viram, lidar com barulhos inesperados, ou até mesmo, viajar de um canto para o outro, passando por ambientes que não lhes soam familiares.

Para que os animais de estimação não sofram nesse período, é fundamental que os tutores pensem em soluções que contribuam para o bem-estar de seu animalzinho, considerando seus medos e sua personalidade.

Atenção às decorações

Os itens decorativos são indispensáveis e dão o tom dessa época do ano, porém, precisam ser colocados em locais estratégicos, longe do alcance dos pets. Por serem coloridos e balançarem, muitos animais podem se sentir atraídos e, na tentativa de brincar, podem engolir, se cortar, ou até levar choque, nos casos dos enfeites que vão à tomada, como os piscas-piscas.

Por este motivo, o médico veterinário Antônio Carlos de Abreu, orienta que os tutores optem por decorações suspensas, longe das patinhas curiosas, ou então, naturais.

“No nosso caso, as decorações podem transitar por galhos de árvores regionais, que dão aspecto rústico e cativo o ambiente, ou, manter todas as decorações suspensas. Guirlandas e fitas, por exemplo, por estarem no alto, dificultam o alcance dos cães, principalmente. Mas a ideia é sempre avaliar se tudo é seguro para seu pet. Caso verifique que algo não está legal, ideal é refazer ou retirar”, pontua.

Plantas naturais

Sim, as decorações naturais são excelentes opções para garantir a segurança do seu pet durante as festividades. No entanto, se optar por elas, é fundamental pesquisar sobre os riscos que podem oferecer a seu cão ou gato, considerando que algumas espécies de plantas podem ser tóxicas para eles.

Esse cuidado também vale para quem se hospedará em outras casas. Analise quais plantas estão dispostas pelo quintal, ao alcance do seu animalzinho e, se possível, isole ele daquele local da casa ou, suspenda a planta para evitar uma intoxicação. Pets são curiosos, por isso, todo cuidado é pouco.

“Em casos de intoxicações o ideal é levar o pet ao veterinário rapidamente. Todo sinal de salivação e vômito ligado a este evento deve ser tratado com seriedade. Procure por clínicas 24 horas para auxiliar no tratamento. É importante levar ao consultório uma amostra da possível planta ingerida e/ou artefato. Isso ajudará o profissional a optar por tratamentos mais eficientes para a causa do seu animalzinho”, explica o especialista.

Comida de gente não é comida para pet

Esse assunto pode ser polêmico, mas, não, comida de gente não é comida para pet. E neste período do ano, os tutores precisam estar atentos ao que os convidados oferecem para seus animais ou deixam cair no chão. É que assim como as plantas, alguns alimentos ou temperos podem ser tóxicos.

Panetone, chocotone, tender, rabanada, uva-passa, ameixa, abacaxi, carambola e doces (balas, chicletes, bombons), por exemplo, são comidas perigosas para os animais. Neste caso, se seu pet pede por alimentos diferentes nessa época do ano, oferecer alimentos naturais ou petiscos são as melhores opções.

“Além disso, é importante não mudar drasticamente a alimentação que seu pet já está habituado. Se ele come carne de vez em quando, não misture sua alimentação com carnes de porco ou com muita gordura. Se ele não for acostumado, poderá ter vômito, diarreia e isso pode ocasionar internação a depender da intensidade da desidratação”, afirma o médico veterinário.

Fogos de artifício

O maior terror de pets e seus tutores são os fogos de artifício com estampido. Embora proibidos em Campo Grande, é o que mais utilizam para comemorar a virada do ano. Nestes casos, Antônio sugere que os animais medrosos sejam levados até uma clínica e lá, medicamentos poderão ser receitados.

Outra opção é se isolar em um cômodo mais silencioso com o pet e mantê-lo por perto o tempo todo. Isso passará uma sensação de abrigo e segurança.

Se você, tutor de pet, receber visitas em casa, entenda que a casa é o melhor abrigo para seu pet, seja ele de companhia ou guarda. Nestes casos, são suas visitas que devem se adaptar ao pet, e não contrário. Isso significa que, se seu pet tem medo de interagir com desconhecidos ou tem sensibilidade para barulhos, as visitas devem ser instruídas a manter distância. “Delimitar o espaço entre pet e visita é importante para evitar estresse e agressões”, pontua.

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