Confira como acompanhar eclipse da Lua nesta terça-feira em Campo Grande

O fenômeno será quase imperceptível

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Eclipse parcial (Ilustrativa, Freepik)

O céu será palco de mais um fenômeno astronômico nesta terça-feira (17), com o eclipse parcial da lua cheia. O evento será visível em Mato Grosso do Sul e em estados brasileiros.

Contudo, Henrique Amaral Arcuri, monitor do Clube de Astronomia Carl Sagan, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), adianta que o fenômeno será um pouco frustrante para quem espera um espetáculo.

“O eclipse é quase imperceptível, uma vez que fase umbral, é de só 3%. Se não estiver nublado, acredito que a chuva de deve ter amenizado a condição da fumaça também”, descreve.

A astrônoma do Observatório Nacional, Dra. Josina Nascimento, explica que um eclipse parcial da Lua ocorre quando apenas uma parte da Lua passa pela sombra escura da Terra.

“A penumbra é uma sombra mais clara, que ainda recebe um pouco de luz do Sol, então, quando a Lua está na penumbra (seja totalmente na penumbra ou parcialmente na penumbra) não se percebe nenhuma mudança a olho nu (sem o uso de instrumentos). A essa fase chamamos de fase penumbral. Há eclipses que são somente penumbrais. Ou seja, a Lua penetra na penumbra e depois sai da penumbra”.

Já a umbra é a sombra mais escura, onde não chega luz solar alguma. No eclipse parcial, a Lua começa a passar pela umbra, o que faz com que uma parte dela escureça e nós podemos ver isso simplesmente olhando para a Lua. À medida que a Lua avança na umbra, ela vai ficando com uma “mordidinha” escura, que vai crescendo cada vez mais até o máximo do eclipse parcial. Agora, quando a Lua penetra completamente na umbra, ocorre o eclipse total da Lua.

Ou seja, a olho nu poderemos notar uma mancha mais escura. A lua vai “beliscar” a parte mais escura da sombra da Terra. “Então, todo eclipse total tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial, depois a total, depois nova fase parcial e depois nova fase penumbral. E todo eclipse parcial tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial e depois a penumbral”, explica Josina.

Como assistir?

Além de ser visível a olho nu, também pode ser visto com auxílio de equipamentos, como binóculos. A partir das 21 horas (horário de Brasília) da próxima terça-feira, dia 17 de setembro, o Observatório Nacional – unidade de pesquisa do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) – promove uma nova edição do projeto “O Céu em sua Casa: observação remota”. Este evento virtual exibirá ao vivo o eclipse parcial da Lua.

Clique aqui e confira.

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