Sem energia, comerciantes relatam preocupação após caminhão-cegonha derrubar fiação
Equipes da concessionária de energia estiveram no local e reestabeleceram 100% do fornecimento por volta das 18h30
Osvaldo Sato, Layane Costa –
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Na tarde desta quinta-feira (7), moradores e comerciantes do bairro Carandá Bosque enfrentaram transtornos após um caminhão-cegonha atingir a fiação de energia no cruzamento da Rua Antônio Teodorowick com a Avenida Mato Grosso. O acidente, que envolveu um caminhão carregado com caminhonetes Toyota Hilux, causou interrupções de energia na região e gerou preocupações quanto às perdas de mercadorias e impacto nas atividades do comércio local.
O caminhão estava a caminho de uma entrega para a concessionária Águas Guariroba, mas, segundo informações, o destino correto da entrega seria a unidade localizada na BR-262. A confusão ocorreu após um erro de logística, pois a entrega se dirigia para a unidade localizada na Rua Antônio Maria Coelho. O veículo, ao subir pela Rua Antônio Teodorowick, acabou derrubando a fiação e entortando um poste, gerando o apagão. No impacto, o capô de uma das caminhonetes foi arrancado, e o painel foi avariado.
Relatos de moradores e comerciantes demonstram transtornos causados pela falta de energia, especialmente em um momento de alta demanda no comércio. A falta de energia afetou diversos estabelecimentos e gerou preocupação, principalmente quanto à preservação de produtos perecíveis.
Até o momento, equipes de manutenção estão no local para restabelecer o fornecimento de energia. Contactada, a concessionária de energia Energisa afirmou que o serviço está sendo realizado para ser concluído o mais breve possível e seguindo os protocolos de segurança.
No início da noite, às 18h20, a Energisa informou que as equipes estariam concluindo os serviços.”No momento, 77% dos clientes já tiveram o fornecimento de energia reestabelecido, restando 190 clientes a serem normalizados”, afirmou a assessoria.
Em nova atualização, a concessionária de energia informou, às 18h40, que todas as unidades consumidores da região tiveram a distribuição de energia normalizados, atingindo 100% dos comércios e residências.
Moradores e comerciantes preocupados
Na farmácia da região, que depende de refrigeradores para armazenar medicamentos, o problema é significativo. “Os medicamentos precisam de energia porque são refrigerados e aguentam até um certo tempo sem energia. Como é começo de mês, que são os primeiros dias para vender, fica tudo parado. Como é uma farmácia de rede, precisa ficar tudo registrado”, destacou a atendente.
Um funcionário do supermercado local, que preferiu não se identificar, explicou: “Atrapalhou muito, não tem energia e não dá para trabalhar. Pode haver perda de sorvetes, carnes e laticínios se demorar muito tempo para voltar. Acaba atrapalhando todo o fluxo, não tem como receber nem mercadorias”, disse.
Para tentar manter as atividades, um restaurante japonês, que abre as 18 horas, adotou luzes de emergência e lanternas. “A gente, a princípio, não vai parar o funcionamento, acendendo luz de emergência e lanternas de celulares para trabalhar normalmente. O medo é perder os produtos, porque são resfriados. Estamos colocando os estoques em alguns freezers para não perder. Se a energia não voltar, os atendimentos serão interrompidos”, relatou um funcionário.
Marya Eduarda, de 20 anos, funcionária de uma sorveteria, mencionou que o impacto pode acarretar prejuízos financeiros. “Provavelmente vamos ter que fechar antes do horário. Prejudica o fluxo de clientes com as interdições, e o problema são as quedas de energia, pode ter queimado algum freezer e a gente não sabe. Pode haver perdas porque descongela e os picolés derretem”, disse.
Já Pedro Lopes, de 19 anos, funcionário de uma conveniência, mencionou que algumas bebidas ainda estão geladas, mas que o estoque resfriado está comprometido. “Ainda tem algumas bebidas geladas, mas estamos avisando os clientes que pode estar natural. O fluxo de cliente foi interrompido devido à interdição”, afirmou.
Já para moradores, a queda de energia impacta no na rotina doméstica. A moradora Aline Cardoso, 30 anos, comentou o caso. “As crianças estão na rua porque não tem energia para assistir. Mais à noite vai ser ruim, tomar banho na água gelada fica difícil, mas fora isso tá tranquilo.” Ela relatou ainda que essa é a quarta vez que algo parecido acontece na região, mas que, desta vez, os danos foram maiores.
* Matéria atualizada às 18h40 de 07/11/24 para atualização de posicionamento.
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