‘Com quem deixar os filhos?’ Suspensão de aulas além do feriado preocupa pais em Campo Grande

Apesar de os dias de feriado serem apenas na sexta (11) e no sábado (12), escolas da prefeitura e do estado não terão aulas até a quarta-feira

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emei babás
Ilustrativa (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Pais, mães e responsáveis por alunos da rede pública de ensino estão preocupados com a suspensão das aulas no final desta semana, entre esta quinta-feira (10) e quarta-feira da próxima semana, dia 16 de outubro.

Apesar de os dias de feriado serem apenas na sexta (11) e sábado (12), escolas da prefeitura não terão aulas durante este período, retornando às atividades na quinta (17).

Nas unidades escolares da REE (Rede Estadual de Ensino), a suspensão das aulas começa na sexta-feira (11) e também vai até a quarta (16).

O resultado disso são pais precisando sair de casa para trabalhar normalmente entre segunda e quarta, e filhos sem compromisso letivo nas escolas, inclusive em escolas particulares.

Conflito de agenda

É o caso de uma família que mora no bairro Coophavila II, em Campo Grande. O casal tem duas filhas, uma de 4 e outra de 11 anos.

A filha mais nova estuda em uma Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) do bairro, e outra estuda em um colégio privado, onde também não haverá aulas nesses dias. 

“Como mãe eu acho muito, muito ruim. Trabalhador CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) não terá emenda, até porque não é feriado nacional ou municipal, terei que trabalhar”, afirma a mãe de 35 anos.

“Meu marido é autônomo, terá que organizar e reagendar serviços para ficar com as meninas. Caso não consiga, (vamos) pagar alguém para ficar com elas”, completa.

Um gasto a mais no mês

Esse é o caso da Marina Rodrigues, de 35 anos, mãe de duas crianças, uma menina de 3 e um menino de 7 anos. 

O menino estuda em uma Emei e eles moram no Residencial Búzios. Agora, os dois filhos vão ter que ficar com uma cuidadora.

“Eu já deixo a minha filha com uma senhora aqui no bairro, de terça a sexta. Quando não tem aula na creche, meu filho fica lá também”, conta.

Ela fechou um valor para a cuidadora ficar com a filha de terça a sexta das 9h às 12h30. 

“Passando desse horário eu preciso pagar por fora a diária, que são R$ 50 por cada criança, no meu caso são duas. Já são R$ 300 a menos no mês”, relata a mãe.

Uma das mães com quem o Midiamax conversou questionou a necessidade de tantas suspensões nas aulas.

“Esse calendário escolar é totalmente errado. Onde crianças de Emeis precisam que as professoras tirem um dia para fazer conselho de classe, por exemplo, se nem alfabetizadas as crianças são?”, argumenta a mãe. “Tudo é motivo de não ter aula”, completa.

Outra mãe compartilha do sentimento, mesmo tendo condições de estar com os filhos quando eles não têm aulas. 

“Eu penso que não é fácil. Quando eu estava na minha correria, trabalhando e ‘ralando’, eu pagava babá, deixava com a vizinha… Agora irei ficar com eles porque tenho suporte. Então hoje tenho oportunidade de eu mesma cuidar”, compartilha a mãe, de 35 anos.

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