Com risco de maior seca da história, bombeiros de MS vão combater e prevenir fogo no Pantanal

A Embrapa Pantanal aponta que o Rio Paraguai, em Ladário, e o Pantanal podem registrar a maior seca da história de Mato Grosso do Sul em 2024. Com este cenário preocupante, equipes do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) serão enviadas para realizar atividades de educação ambiental e prevenção aos incêndios […]

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(Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

A Embrapa Pantanal aponta que o Rio Paraguai, em Ladário, e o Pantanal podem registrar a maior seca da história de Mato Grosso do Sul em 2024. Com este cenário preocupante, equipes do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) serão enviadas para realizar atividades de educação ambiental e prevenção aos incêndios florestais nas comunidades tradicionais, propriedades rurais e parques estaduais. Estas ações acontecem anualmente.

Para isso, diversos militares deixam a base da Diretoria de Proteção Ambiental de Campo Grande, na manhã desta terça-feira (2), rumo ao Pantanal.

A tenente-coronel, Tatiane Dias de Oliveira Inoue, explica que as mudanças climáticas são uma realidade enfrentada pelo Estado anualmente. O cenário de seca e queimadas, enfrentado em novembro de 2023, por exemplo, é um reflexo de que os trabalhos na região devem ser constantes, principalmente em 2024.

“Em novembro enfrentamos uma situação bem severa, com baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas. Prova disso são aquelas ondas de calor que tivemos até outubro. Então, por conta dessas mudanças climáticas, tivemos essa situação, de muitas queimadas em novembro”, aponta. Segundo a tenente-coronel, este é um parâmetro de preparação para os profissionais efetivos na ação.

Para possibilitar que os militares tenham ferramentas efetivas neste combate e prevenção, o Governo do Estado investiu em aeronaves de combate a incêndio e na compra de 10 drones. Estes equipamentos permitem que os profissionais consigam visualizar, mais direcionadamente, onde há progressão das queimadas e avanço das equipes de combate.

“A cada ano a gente vê que os resultados são positivos. Nós entendemos que esses incêndios acontecem todo o ano, porque estão relacionados às questões climáticas, muitas vezes. Nosso trabalho é buscar respostas efetivas, que permitam que, quando as queimadas acontecerem, possamos diminuir o tempo-resposta”, pontua.

(Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Sala de Situação

Um ponto de apoio do trabalho dos militares é a Sala de Situação, que fica na base da Diretoria de Proteção Ambiental de Campo Grande, no Parque das Nações Indígenas. Neste local, os profissionais do CBMMS controlam todas as atividades referentes aos combates de incêndio em Mato Grosso do Sul.

Segundo o tenente Alexandre Araújo, responsável pelo setor de geoprocessamento demográfico, nesta manhã eles usaram o espaço para repassar aos militares que irão a campo como é o regramento para fazer estes monitoramentos dos focos de calor, que podem indicar um incêndio florestal.

“Esse alinhamento é importante porque, com essas informações, nós cruzamos os dados com imagens diárias e com os cadastros que temos com os órgãos ambientais. Assim, verificamos se o foco se trata de uma queima autorizada ou de um incêndio florestal. Com isso, podemos dar os trâmites de empenhar as equipes para ir até o local fazer os combates”, explica.

Na sala, há diversas telas que permitem o acesso a imagens diárias com fotos de satélite para ver como está a situação em campo. Inclusive, a cada 10 minutos os militares recebem a informação dos focos de calor acima de 47°C, que podem indicar a probabilidade de incêndio.

(Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

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