Cansadas de esperar pelo cumprimento de liminares judiciais, grupo de mães de crianças com necessidades especiais se reuniu na manhã desta segunda-feira (4) para protestar em frente à prefeitura de Campo Grande. Elas afirmam que há meses estão sem receber leite, fraldas e insumos.
As mães e pais reunidos nesta manhã têm ações judiciais contra a prefeitura para o fornecimento de leites especiais, fraldas e insumos como alimentação enteral. Sem o fornecimento adequado do CEM (Centro de Especialidades Médicas), os pais precisam arcar com os insumos que custam caro.
Elisângela Silva de Souza, 40, é mãe de uma criança de 7 anos que tem cardiopatia congênita complexa e alergia extrema à proteína do leite. Pela decisão judicial, ela tem direito a 26 latas de leite por mês, via CEM.
Cada lata custa R$ 187 e é suficiente para dois dias de alimentação da criança. “Sem leite eu me viro para comprar, faço rifa, bobó, o que tiver”, conta ela.
A prefeitura foi acionada sobre o caso e o espaço segue aberto ao posicionamento.
Falta até dipirona nos postos de saúde
Campo Grande está com 107 medicamentos com estoque zerado, número que representa 40% do total catalogado no almoxarifado central do município. De 266 medicamentos, apenas 159 estão disponíveis, afirmou ao Jornal Midiamax o superintendente de Economia em Saúde Pública da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Danilo de Souza Vasconcelos.
A informação foi revelada durante audiência pública realizada na última quinta-feira (29) na Câmara Municipal. Entre os remédios desfalcados está dipirona em gotas, um dos mais comuns e receitados nos consultórios.
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