Menino de 10 anos aguarda há pouco mais de um ano uma cirurgia íntima pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Porém, com todos os exames pré-operatórios em mãos, a família do paciente foi informada que o médico só verá os documentos daqui mais de um mês, em janeiro.
O pai da criança conta que, em consulta, a pediatra fez o pedido da cirurgia de fimose em setembro de 2023. “Através dessa consulta fiquei aguardando ser chamado para uma nova consulta. Isso passou muito tempo”, relata o pai ao Jornal Midiamax.
Na época, o paciente tinha 8 anos e sentia muitas dores, além de dificuldade para urinar. Entretanto, a saúde municipal só agendou a consulta seguinte para um ano depois, em setembro de 2024. “Houve esse agendamento e fomos na data e hora marcada. Chegando lá, não constava sequer nada referente a nenhuma consulta. Um descaso e ninguém sabia informar o porquê”, reclama.
Médico confirmou necessidade de cirurgia
Então, um novo agendamento foi feito para o dia 21 de outubro, no CEM II (Centro de Especialidades Médicas). “Fomos nessa consulta e o médico que nos atendeu examinou e de fato verificou que é situação de cirurgia. Pediu hemograma completo e coagulograma. Um desses faz pelo posto, o outro não tem, somente particular. Como a causa é de urgência, resolvemos fazer particular”, conta o pai do paciente à reportagem.
O médico da USF (Unidade de Saúde da Família) do bairro onde mora a criança avaliou os exames e constatou que a cirurgia não tinha nenhum impedimento. A família do menino então fez o retorno no CEM, em 14 de novembro, e tudo parecia se encaminhar para a solução do problema.
Porém, neste dia houve falta de energia e a consulta de retorno não aconteceu. “Cheguei com antecedência, às 13h30, porque é por ordem de chegada para ser atendido. Já eram 15h, acabou a energia e o médico só havia atendido umas 6 crianças”, relata à reportagem.
Reagendar o retorno
Então, a família teria que reagendar o retorno por conta do problema. Porém, nesta segunda-feira (18), entrou em contato para remarcar a consulta e veio a surpresa: o médico estava de férias e a data mais próxima para o retorno seria em 9 de janeiro.
“Ele sente dor e dificuldade para urinar. Está bastante ferido ao redor do prepúcio e por isso dá muita ardência quando sai o xixi. A bexiga enche e ele precisa apertar para sair, mas com dificuldade e dor. A noite piora porque sente mais vontade e não consegue fazer”, conta o pai do menino.

Ao pai foi informado que apenas um médico tinha essa especialidade e ele estava de férias. Questionada pelo Jornal Midiamax sobre somente um profissional para cuidar da especialidade, a Sesau informou que o paciente aguarda a disponibilidade de vaga para continuar o tratamento.
“A Sesau ressalta que está empenhada em garantir que o atendimento seja realizado o mais breve possível”, informa a nota enviada à reportagem.
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