Com 60 confirmações, Sesau emite alerta para aumentos de casos de hepatite A em Campo Grande

Em 2023, Campo Grande não registrou casos de hepatite A

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Foto Ilustrativa (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Nesta sexta-feira (25), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) emitiu um alerta para a população sobre o aumento no número de casos de hepatite A em Campo Grande. Conforme a pasta, só este ano 60 casos da doença foram confirmados, enquanto no ano passado não houve nenhum registro.

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Conforme a nota, a Secretaria mantém diálogo com o Ministério da Saúde a fim de implementar ações de controle da hepatite A em Campo Grande. Assim, afirma que já iniciou o levantamento do perfil epidemiológico dos pacientes, com uma busca ativa de novos casos. Pessoas que tiveram contato próximo com infectados também estão sendo procuradas para orientação.

Como maneira de driblar o índice crescente da doença na Capital, a Sesau, com o apoio da SES (Secretaria Estadual de Saúde) e o Ministério da Saúde, elaborou uma nota técnica direcionada a profissionais e instituições de saúde das redes pública e privada.

O que é hepatite A?

A hepatite A é uma doença infecciosa causada por um vírus, de evolução autolimitada, que pode ser prevenida por vacina. A transmissão é fecal-oral (contato de fezes com a boca). Conforme a Sesau, a doença tem grande relação com alimentos ou água contaminados, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal. Existem outras formas de transmissão, como contato pessoal próximo e o contato sexual.

Já os sintomas se manifestam inicialmente como: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia.

Outros sinais podem aparecer, como urina escura e a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses. O diagnóstico é realizado por exame de sangue e não há nenhum tratamento específico para hepatite A.

Apesar disso, a Sesau reforça que o mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas, principalmente o medicamento paracetamol, que pode piorar o quadro. A hospitalização está indicada apenas nos casos de insuficiência hepática aguda. É de extrema importância que o isolamento de contato seja realizado até o final da segunda semana da doença.

Prevenção

  • Lavar as mãos sempre, principalmente antes do preparo de alimentos;
  • Lavar os alimentos e deixar de molho por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio (água sanitária);
  • Cozinhar bem os alimentos;
  • No caso de locais públicos ou de grande circulação de pessoas, fazer a desinfecção de objetos, bancadas e chão, utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais;
  • Evitar rodas de tereré, incluindo compartilhamento da bomba e o compartilhamento de narguilé.

Vacina

A vacina contra a hepatite A faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos – 4 anos, 11 meses e 29 dias).

A vacina também está disponível no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para pessoas acima de 1 ano, com algumas condições de saúde como, por exemplo, os portadores de Hepatopatias crônicas, da hepatite B e coagulopatias, doença imunodepressora, fibrose cística, trissomias e pessoas vivendo com HIV ou aids.

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