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Cotidiano

Carrefour lamenta suspensão do fornecimento de carne e se diz aberto ao diálogo

Risco de desabastecimento atinge marcas do grupo, como o Carrefour, Sam's Clube e Atacadão
Osvaldo Sato -
(Henrique Arakaki, Midiamax)

Após parte dos principais frigoríficos brasileiros interromperem o fornecimento de carnes ao Grupo Carrefour no , na última quarta-feira (20), persiste o risco de desabastecimento nas unidades administradas pela multinacional, como o próprio supermercado Carrefour, o Sam´s Clube e o Atacadão.

Todas estas possuem unidades em . Além disso, a interrupção afeta cerca de 150 lojas da rede no Brasil. Há possibilidade de desabastecimento nos próximos dias, considerando que a carne fornecida é resfriada ou congelada.

Com isso, o grupo Carrefour Brasil se posicionou de forma aberta ao diálogo para buscar reestabelecer o comércio entre as partes. A decisão pelo interrupção no fornecimento se deu depois do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, de que a rede pararia de vender carne do Mercosul em suas lojas na .

Em resposta, frigoríficos como a JBS, Marfrig e Masterboi deixaram de fornecer carne para as unidades do grupo no Brasil. A Friboi, marca da JBS, responde por 80% do volume de carne fornecido ao grupo, com 100% do fornecimento na rede Atacadão.

Em nota enviada ao Jornal Midiamax, a direção do Grupo Carrefour do Brasil lamentou a situação e reafirmou estima e confiança no setor agropecuário brasileiro, “com o qual sempre mantivemos uma relação sólida e de parceria”.

“Entendemos a importância deste setor para a economia e para a sociedade como um todo, e continuamos comprometidos com o fortalecimento dessa relação. Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade”, diz a nota.

Além disso, a nota destaca que a relação do grupo com parceiros e fornecedores é pautada pela confiança mútua. “Por isso, estamos em diálogo constante na busca de soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”.

Por fim, a nota reitera o compromisso do grupo com o País, o respeito ao consumidor e a transparência. “Seguiremos trabalhando para resolver essa situação da melhor forma possível, sempre com o objetivo de atender com qualidade e excelência aos nossos clientes”, conclui.

Reações

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, se manifestou nas redes sociais, afirmando que o Brasil não aceitará desinformação sobre seus produtos. “Não vamos admitir inverdades ou que coloquem adjetivos pejorativos nos produtos brasileiros. O Brasil é muito responsável com a qualidade do que vende para seus consumidores, tanto no Brasil quanto no resto do mundo”, afirmou.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reiterou, em nota oficial, a qualidade e o compromisso da agropecuária brasileira com a legislação e boas práticas agrícolas, em conformidade com as diretrizes internacionais. O Mapa também refutou as declarações de Alexandre Bompard sobre as carnes produzidas pelos países do Mercosul.

“Em relação ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo, mantendo relações comerciais com cerca de 160 países e atendendo aos padrões mais exigentes, incluindo os da , que compra e atesta, por meio de suas autoridades sanitárias, a qualidade e sanidade das carnes brasileiras há mais de 40 anos”, destacou a nota.

Para o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai, a decisão tem impacto comercial reduzido, já que a França importa pouca carne do Brasil. Contudo, ele afirma que o argumento protecionista precisa ser enfrentado. “Se eles não querem nossa carne, que deixamos de consumir no Carrefour. Defendemos o livre comércio e produzimos com eficiência e sustentabilidade”, declarou Bumlai.

A Acrissul, em nota, recomendou a população que privilegie os atacadistas nacionais. “Tendo em vista o momento da fala infeliz do CEO do Grupo Carrefour na França, Alexandre Bompard, contra a de carnes dos países do Mercosul, é hora de agirmos com reciprocidade com o mercado francês no Brasil, até quer haja retratação. E assim sugerimos que os brasileiros privilegiem os atacadistas genuinamente do nosso país”, afirmou a entidade em nota.

Em nova nota, a entidade afirmou que o embargo francês é ato meramente ideológico e mercadológico e não possui qualquer motivo razoável para impor tais restrições à carne produzida no Mercosul.

“O Brasil já se consolidou entre os principais produtores de proteína animal do mundo, garantindo a segurança alimentar de numerosas populações espalhadas pelos mais de 180 países com os quais mantemos estreitos laços comerciais, inclusive da União Europeia”, afirma a nota.

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