Bares se empolgam, mas comércio teme horário a mais na 14 de Julho em dezembro: ‘públicos diferentes’
O centro de Campo Grande vai viver uma experiência nova neste final do ano. Com a recente vida noturna da Rua 14 de Julho, o tradicional horário estendido do comércio da Capital vai coexistir com a agitação da noite na principal via comercial e coração do município. Entretanto, há uma aparente discordância entre os setores […]
Fábio Oruê –
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O centro de Campo Grande vai viver uma experiência nova neste final do ano. Com a recente vida noturna da Rua 14 de Julho, o tradicional horário estendido do comércio da Capital vai coexistir com a agitação da noite na principal via comercial e coração do município.
Entretanto, há uma aparente discordância entre os setores participantes do ‘evento’. Enquanto o comércio teme o recente movimento no contraturno, os ‘empresários da noite’ comemoram que o centro comercial vai funcionar até mais tarde.
“Eu acredito que vai ficar ruim. Até mesmo porque a gente nem terminou de fechar e eles já começam a botar as cadeiras. E é outro tipo de público. O pessoal vem para beber, para fazer barulho, não é para comprar. Quem vem para comprar, às vezes, não acha vaga, aí já vê aquela ‘muvuqueira’. Eu acho que vai prejudicar esse ano”, diz a gerente de uma loja de presentes, Rosemere de Carvalho.
Comercialmente atrativo
Entretanto, quem espera mesmo o movimento noturno é o empresário Alan Caferro, que está começando a empreender agora na 14 de Julho. Ele decidiu abrir uma pizzaria/restaurante justamente por conta do recente movimento à noite.
“Eu acho que aqui não tem muitos que vendem, que são de comida”, afirma o empresário, que também é dono de um estabelecimento em Ribas do Rio Pardo. A prefeitura de Campo Grande publicou a Lei n° 7.294 que oficializa a Rua 14 de Julho, entre a Rua Marechal Rondon e Avenida Mato Grosso, como Corredor Gastronômico, Turístico e Cultural.
A partir da lei, a prefeitura fica responsável por coordenar o trânsito, a segurança, a sinalização e a repressão aos ambulantes. Além de incentivar apresentações musicais, poéticas e artísticas, festivais e encontros gastronômicos e culturais.
Paradas natalinas e horário estendido
Rodrigo Brandão é proprietário de um bar na 14 e também está abrindo a cozinha para disponibilizar lanches, porções e espetinho. “Eu espero, agora para o final do ano, um aumento de movimento por conta do fechamento até mais tarde e também a saída do 13º. Então, a gente está acreditando que o pessoal vem para o centro para fazer compra e vai aproveitar para também se divertir”, opina Brandão.
Por conta das novidades, o empresário espera um bom movimento neste final de ano e vai até abrir mais cedo. “Eu tenho uma esperança de aumentar em 30% o meu faturamento com a chegada do final do ano agora, tanto na parte de comida como na parte de bebida”, afirma.
Como lembrou o gerente de uma loja nerd, o Hermes Henrique, final de ano também tem a tradicional Parada Natalina na 14 de Julho. “Mas pessoas vêm para beber [nos bares]. Não vêm com o intuito de comprar. O que realmente chama a atenção do pessoal para o final do ano é a questão da parada, o desfile, a decoração”, diz ao Jornal Midiamax.
Entretanto, ele afirma não saber como se sucederá este novo momento do centro. “Com relação ao intuito de ninguém ir comprar, sempre tem. Mesmo que não tivesse os bares aí, tem muita gente que vem mesmo só para ver o desfile”, diz.
Fechar ou não fechar a 14?
O fechamento da Rua 14 de Julho chegou recentemente até a Câmara dos Vereadores. Em audiência pública, a secretária Municipal de Cultura e Turismo, Mara Gurgel, disse que este foi um pedido dos próprios comerciantes. Porém, a Prefeitura percebeu que, desta forma, precisaria de mais estrutura para garantir a segurança dos frequentadores do local.
“A própria população quis que continuasse o fechamento da Rua 14 de Julho, mas temos que ser responsáveis. Percebemos que o fechamento triplicou [o número de frequentadores], ou até mais que isso, um público que a gente não seguraria. Em cima disso, os comerciantes locais solicitaram a abertura novamente. Nós fizemos isso. O fechamento não foi pensado no projeto. Ele foi pensado quando houve uma demanda dos comerciantes locais. Essa demanda que foi muito grande acabou atrapalhando os próprios comerciantes e a própria prefeitura, pois para gente impactou muito forte, pois precisávamos de uma estrutura muito maior”, apontou.
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