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Cotidiano

Alfabetização alcança 94% em Mato Grosso do Sul, mas educação ainda é gargalo para indígenas

Dados do Censo 2022 mostram avanço na taxa de alfabetização do Estado, mas com déficit em recortes por raça
Priscilla Peres -
Aluno indígena estuda em escola estadual. (Kísie Ainoã, Midiamax)

A taxa de alfabetização evoluiu em Mato Grosso do Sul nos últimos 12 anos, chegando a 94,6% da população. Mas dados do Censo 2022 – Alfabetização revelam que a educação básica ainda é um gargalo para a população indígena e moradores de municípios de fronteira.

Divulgados nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os dados do Censo 2022 mostram que entre 2010 e 2022 a taxa de alfabetização de Mato Grosso do Sul, cresceu de 92,3% para 94,6%, se mantendo como a 7ª maior do país. Os dados consideram pessoas com 15 anos ou mais e a média nacional é de 93%.

Os dados do Censo 2022 ainda mostram que a taxa de alfabetização por gênero é praticamente estável no Estado, sendo 94,6% entre homens e 94,5% entre mulheres. Mas no recorte por município e idade, os gêneros se distanciam. Números mostram que a tendência do Estado é de menor alfabetização entre as mulheres de baixa renda e mais velhas.

Quanto aos municípios, Campo Grande tem a maior média do Estado com 97% enquanto Tacuru (84%), Coronel Sapucaia (84%) e (86%) apresentam os piores resultados, inclusive bem abaixo da média nacional.

Recorte por raça também apresenta dados importantes. Taxa de não alfabetizados entre brancos é de apenas 5,4% e entre amarelos de 3,96%. Mas a taxa de não alfabetizados sobe para 8,9% entre pardos, 12,5% entre negros e chega a 20% dos indígenas.

Recorte por municípios de MS

Comparado a outros estados do país, os dados de alfabetização de Mato Grosso do Sul são bons, mas há tendências curiosas nos recortes por gênero e idade. Claramente o Estado avançou muito em termos de educação, visto que na população com 80 anos ou mais a taxa de alfabetização é de 71%, frente a 98% da taxa na população entre 15 e 19 anos.

Apesar da média de 88%, Taquarussu se destaca como a única cidade do Estado com 100% da população de 15 a 24 anos, alfabetizada. Mas tem média baixa porque entre a população mais velha a taxa de alfabetização cai para 46%, entre pessoas com 80 anos ou mais.

Campo Grande apresenta boas taxas em todas as faixas etárias. Entre a população idosa, a taxa de alfabetização permanece acima dos 80% e se mantém acima dos 90% nas demais faixas etárias.

Já no recorte por raça, quatro cidades de Mato Grosso do Sul aparecem com 100% da população indígena alfabetizada, sendo Aparecida do Taboado, Sonora, Ladário, Taquarussu e Selvíria.

Porém, o nível de alfabetização fica na casa dos 70% em Antônio João, Aral Moreira, , Caracol, Coronel Sapucaia, Juti, Laguna Carapã, Santa Rita do Pardo, Sete Quedas, Tacuru, Ponta Porã e Vicentina.

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