Um desastre ambiental foi o resultado do rompimento da barragem da represa do loteamento Nasa Park, localizado entre Campo Grande e Jaraguari, na manhã desta terça-feira (20).

Com o rompimento, formou-se uma correnteza que bloqueou a BR-163 e, subsequentemente, causou estragos significativos nas propriedades rurais ao longo do seu caminho.

A devastação atingiu uma ponte recém-inaugurada, situada a cerca de um quilômetro da represa. A força da água provocou a destruição completa da estrutura de madeira, obrigando muitos motoristas a retornarem na via, uma vez que a ponte se tornou intransitável.

Além disso, a correnteza arrasou estradas de terra, danificou estruturas de criação de animais e causou danos severos a residências na região.

Destruição nas Propriedades Rurais

A situação nas propriedades rurais ao redor é alarmante. Em um dos sítios afetados, o pânico tomou conta quando a força da água rompeu a parede de um chiqueiro, libertando os animais. Cleonice, uma das proprietárias, descreveu o caos e o medo que experimentou.

“Foi um desespero total. Eu corri com minha filha e meu marido, pegamos o que conseguimos e saímos correndo com medo de a água chegar até a nossa casa,” relatou Cleonice, ainda visivelmente abalada. “Graças a Deus, apesar de todos os danos, não houve uma tragédia maior. Ontem, minha filha estava brincando no lago, e hoje ela pediu para ir lá de novo. Eu disse que a água estava muito gelada, e graças a Deus ela não foi. Se tivesse ido, poderia ter sido uma tragédia.”

Além dos danos às propriedades, pode-se verificar diversos itens arrastados, tais como caixa d’água e madeiras. Além disso, roupas de crianças e peixes mortos estão espalhados por onde a correnteza passou.

Área de criação destruída (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Impacto na Ponte e na Comunidade

Por sua vez, a ponte danificada, que havia sido recentemente construída, era crucial para o tráfego na região. Seu colapso criou um grande transtorno para os moradores. “Foi um atraso enorme para a entrega da ponte e agora, além dos danos materiais, estamos sem acesso,” comentou Roni Souza, um dos moradores. “Esperamos tanto pela entrega da ponte e, agora, ela foi destruída. Temos apenas uma pequena passagem improvisada para pedestres, mas a situação é muito complicada para quem precisa de acesso rodoviário.”

A estrada de terra também sofreu danos significativos, o que dificultou ainda mais o acesso às propriedades rurais e à comunidade toda. A extensão da destruição destaca a necessidade urgente de medidas de recuperação e de infraestrutura resiliente para enfrentar tais eventos naturais no futuro.