A principal preocupação com a chegada do frio é direcionada para doenças respiratórias, como o resfriado ou gripe, o que de fato requer cuidado. Entretanto, especialistas alertam para o risco de infarto causado pelas temperaturas abaixo de 10°C, a mesma registrada em Mato Grosso do Sul nos últimos dias.
Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, estudos aplicados em alguns países apontam que, comparado as outras estações climáticas do ano, durante o tempo gelado, o número de ataques cardíacos aumenta em média 30%, principalmente com declínio de temperatura.
O sistema imunológico fica mais vulnerável neste período, mas no caso de pessoas pré-dispostas à pressão alta, o organismo intensifica o calor interno do corpo, fazendo com que as terminações nervosas da pele se ressentem com o frio, a produção de catecolamina, um composto químico corporal, seja estimulado. Outras funções, como o metabolismo, também são estimuladas, um método natural do corpo para evitar a perda de calor, que protege o funcionamento dos órgãos vitais.
Consequentemente, os vasos sanguíneos irrigam a pele a se contrair e o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue. O consumo de água diminui, já que algumas pessoas não sentem sede. O sangue mais denso e viscoso coagula facilmente, o que favorece o aumento da pressão sanguínea e sobrecarrega as paredes dos vasos, bloqueando o fluxo de sangue para o coração e cérebro.
Sintomas
Segundo o médico Cesar Jardim, cardiologista e especialista no Hospital do Coração, em São Paulo, a condição é mais frequente em homens, a partir dos 45 anos, mas com aumento significativo em mulheres. Jovens não se afastam do risco e também podem ser vítimas, já que o acometimento é causado pelas condições de saúde.
“Dor no peito é um dos principais sintomas, que pode ser irradiado para o braço, normalmente, esquerdo. Há também tontura, náuseas e suor intenso na lista dos sintomas, mas há casos em que o episódio ocorre de forma silenciosa e atípica, principalmente nos subgrupos: diabéticos, mulheres e idosos”.
Como amenizar?
Os hábitos mudam no frio pela busca do conforto, como comer alimentos gordurosos, evitar exercício físico e consumo menos água. Amenizar os riscos requer bom senso, pois conforme especialistas, o ideal é buscar equilíbrio:
- Evitar alimentos com gordura saturada;
- Se exercicíte, mesmo que em menor esforço;
- Ingerir água regularmente;
- Procure médico em mudanças ou dores no corpo;
- Check-up deve estar em dia;
- Se agasalhar aquece o corpo e evita esforço do organismo.
Doenças aumentam no frio
A Aborl (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia) explica que qualquer alteração no clima pode gerar consequências no sistema imunológico. A circulação de vírus aumenta, principalmente em pessoas com sistema imunológico enfraquecido.
Um exemplo são pessoas com problemas respiratórios, como a asma, caracterizada pela inflamação das vias aéreas e somada à condição do ar. Alérgicos também sofrem neste período sazonal, vez que o ar fica seco, poluído, até mesmo a poeira em casacos desencadeia crises.
As doenças com “ite”
Sinusite, bronquite, bronquiolite e otite são doenças causadas por bactérias ou vírus, provocando crises respiratórias aumento de secreção. Comum nessa época, pacientes com a síndrome diagnosticada vivem dias de mal-estar.
Resfriado ou gripe?
É comum aumento de casos de gripe e resfriado. Enquanto o resfriado costuma durar no máximo cinco dias e ter sintomas leves e moderados de coriza, febre e dores, a gripe é uma infecção aguda ao sistema respiratório, considerada mais grave. A vacinação é o método imprescindível de prevenção.
“Xô, problemas do inverno”
Algumas dicas podem amenizar o desconforto de doenças nessa estação, fundamentaos para manter a boa qualidade de vida.
- Lave os casacos e cobertores;
- Tenha uma alimentação equilibrada;
- Beba água;
- Evite poeira;
- Mantenha higiene;
- Evite ambientes fechados.