Após a morte do professor da Rede Municipal de Campo Grande, Tiago Bianchi, de 45 anos, ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Público) realizou vigília em frente ao IMPCG pedindo mais respeito da junta médica do Executivo.

Segundo denuncia o presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, os médicos da junta menosprezam os profissionais da educação.

“Nos tratam como criminoso; falam que não estamos doentes; que estamos fazendo corpo mole. Nós não somos apenas números. Estamos doentes e ninguém pede para ficar doente”, diz o professor.

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Profissionais e familiares protestaram (Foto: Kísie Ainoã/Jornal Midiamax)

Cerca de 40 pessoas participaram da vigília, incluindo a irmã de Tiago, Maria Bianchi. Conforme a familiar, o professor foi liberado para trabalhar após passar pela perícia. “Não dá para ignorar a pessoa que não está bem e mandar para um lugar onde ela está se sentindo mal”, opina ela ao Jornal Midiamax.

Com cartazes e velas, em pouco mais de 1h de Ato pela Preservação da Vida, nesta quinta-feira (23), os profissionais e familiares pediram um posicionamento da prefeitura, como políticas públicas para a saúde mental dos professores.

De acordo com a ACP, é oferecido acompanhamento jurídico aos filiados e filiadas, bem como desenvolvido ações e campanhas pela valorização de educadores e educadoras. O sindicato também cobra, constantemente, que o Poder Público promova melhoria das condições de trabalho nas escolas, da assistência à saúde de servidores e valorização profissional.

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Morte de professor é tratada como suicídio (Foto: Kísie Ainoã/ Jornal Midiamax)

O que diz a Prefeitura?

Em nota, a Prefeitura, o periciado sempre é avaliado para todas essas situações com base na autonomia do ato Médico Pericial. “É uma ação de competência absoluta do profissional, que envolve a decisão de julgar o direito de concessão de um benefício pecuniário solicitado pelo requerente, avaliando sua capacidade laboral fundamentada no direito do requerente e nas provas e indícios apresentados para tal”, diz o texto enviado ao Jornal Midiamax.

O Executivo Municipal menciona que o periciado tem o direito de ampla defesa e o contraditório com fundamento, como a ‘Reconsideração’, que dá ao paciente o direito de solicitar uma reavaliação em razão de uma negativa/entendimento contrário ao seu requerimento.

Sobre a denúncia sobre o tratamento com professores, a prefeitura respondeu que: “Do mesmo modo, tem-se que os procedimentos realizados pela Perícia Administrativa são executados sem distinção de categorias, ou seja, garantindo a todas as categorias de servidores municipais um direito equânime, sendo as peculiaridades de cada categoria/função analisadas na execução do Ato Médico Pericial, pois tal profissional é extremamente capacitado para tal distinção e ponderação dos fatores laborais existentes”.

*Colaborou Thalya Godoy