O espaço de convenções do Bioparque Pantanal foi palco das cerimônias de posse dos novos titulares regionais do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Superintendência de Pesca e Aquicultura, na manhã desta sexta-feira (5).
Em cerimônia marcada por lágrimas e participação em peso de movimentos sociais de reforma agrária, assinaram o termo de posse Paulo Roberto da Silva (Superintendência Regional do Incra); Marina Ricardo Nunes Viana (Coordenadora geral do escritório estadual do MDA) e Julio Cleverton dos Santos (Superintendente da Pesca e Aquicultura).
O espaço ficou lotado e pessoas ficaram em pé para acompanhar a assinatura dos termos de posse conjunta. No público estavam indígenas, militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e do MPL (Movimento Popular de Luta), entre outros.

Laura dos Santos, da direção do MST em MS, celebrou a importância da agricultura familiar e a recriação do MDA.
“Somos aproximadamente 3 mil famílias assentadas e milagres de famílias acampadas nas BRs em movimento de resistência. Estamos em expectativa de melhores dias a todos e todas”, ela afirmou.
Julio dos Santos, durante o discurso, se emocionou ainda nos agradecimentos e relembrou que o setor de pesca sofreu uma forte desvalorização após a extinção do Ministério da Pesca em 2015 e que irá lutar para reverter esse cenário. “Nós vamos tentar para colocar o peixe na merenda escolar”, afirmou.
Marina Viana, que foi ovacionada e também chorou enquanto agradecia aos familiares presentes, ressaltou a importância da mulher nos movimentos sociais e que pretende apoiar a produção de alimentos da agricultura familiar, comida orgânica e uma merenda com produtos saudáveis.
“Nós vamos trabalhar para fortalecer a nossa gente do campo, da água e das florestas”, garantiu.
Já Paulo Roberto da Silva agradeceu o apoio de militantes e de políticos na luta pela reforma agrária. “O nosso compromisso de hoje é retomar o processo de regularização fundiária de forma responsável e feita para todos”, afirmou.
