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Cotidiano

Paraíso dos ferro-velhos, região oeste de Campo Grande é o ‘point’ de quem procura por ‘2ª mão’

Por vezes, carros populares acabam não tendo peças novas e a alternativa é procurar por um ferro-velho
Fábio Oruê -
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Ferro-velho na região oeste de Campo Grande (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Todo mundo conhece alguém que tem ou já teve um Uno, um Palio ou um Corsa, o que faz dos ‘populares’ os queridinhos dos trabalhadores, mas alguns já estão saindo de linha. E agora, o que fazer se o veículo estraga?

Uma das alternativas mais econômicas é procurar por peças de ‘2ª mão’ em oficinas e ferro-velhos para consertar o popular – ou até mesmo carros mais caros. E tem um reduto que virou ‘point’ dos motoristas que buscam comprar neste tipo de comércio.

A região Oeste da Capital, em bairros como Guanandi, Leblon, e Tijuca, concentra um grande número desses estabelecimentos, que são uma ‘mão na roda’ para quem procura por peças de veículos que já saíram de linha ou querem gastar menos.

Há 33 anos, o Ferro-Velho do Bola é um dos mais antigos da região e que trabalha com os carros populares. “Na época [que eu abri] tinha uma loja só, depois foi abrindo várias lojas e foi expandindo”, diz o proprietário José Augusto, de 54 anos.

No local, o ‘Bola’ tem como carro-chefe a parte de dos veículos e garante que os clientes buscam a região quando precisam achar alguma peça de “segunda mão”.

“Aqui é viável porque a pessoa se lembra de peças e já lembra do bairro. As pessoas precisam de peças usadas – e o ferro-velho é de usados – aí começa a procura, por Google ou por indicação e aí vai”, opina o empresário, que há 3 décadas já tinha outro comércio no local e decidiu por abrir o ferro-velho.

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Empresário compra de leilão para revender (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Mercado de compra e venda

Outro que fundou o ‘paraíso dos ferro-velhos’ é o empresário Nezon Rocha, de 56 anos, que é dono do Ferro-Velho do Rocha. O estabelecimento funciona no mesmo lugar há 32 anos. “Quando eu cheguei aqui era em 1977. Eu era guri e isso aqui era chão”, relembra.

Ele morava com a mãe na região e quando abriu o ferro-velho – há poucas quadras do lar – ainda pagava aluguel. Posteriormente adquiriu o prédio.

Conhecido por todos como Rocha, ele não trabalha com a manutenção dos veículos, somente com compra e venda de peças. O empresário explica que compra peças ou carros inteiros para desmontar e vender os itens.

“Aqui sai muito câmbio, peças de lataria, capô”, começa. “Eu também compro de leilão. Tenho alvará e documentação certinho”, conta Nezon.

Muitos leilões, como os realizados pelo (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul), vendem veículos inservíveis, que atraem os olhares desse tipo de empreendedor para desmanche e utilização das peças.

Diferentemente da sucata – que só serve como matéria-prima -, os inservíveis são aqueles veículos que, por vezes, estão em condições de uso, mas que por algum motivo estão fora de circulação.

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Peças de motor e suspensão são bastante visadas (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Nova geração

Entretanto, não só dos antigos o ‘point’ se mantém. Há pouco mais de 1 ano, Danilo Simões decidiu empreender na região. Segundo ele, os clientes já conhecem a área quando o assunto é peças usadas. “Outros [clientes] também vêm por indicação”, diz ele, que tem o ponto no Bairro Piratininga.

“Aqui perto tem uns 6 ou 7 ferro-velhos e mais lá para cima tem outros”, contabiliza Simões, que acrescenta: “Tem outra região que é mais conhecida e mais famosa. Ali tem um ferro-velho colado no outro”, comenta sobre a Vila Progresso, na região Central de Campo Grande.

Danilo vende ‘de tudo um pouco’ no Ferro Velho Simões. “Sai desde lataria de carro até a parte mecânica”, explica.

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