Para garantir direito do trabalhador, MPT-MS começou em sala ‘emprestada’ há 30 anos

Cerimônia relembra passos e principais atividades do MPT desde a criação em 1992

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Cerimônia no Bioparque (Thalya Godoy, Midiamax)

O Bioparque Pantanal sedia nesta quarta-feira (30) a cerimônia de comemoração dos 30 anos de atuação do MPT-MS (Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul). O órgão que defende os direitos trabalhistas havia começado as atividades em uma pequena sala emprestada do Tribunal Regional do Trabalho, no bairro Amambaí, em Campo Grande.

Durante a solenidade, a representação do MPT relembrou com uma série histórica das ações que marcaram a atuação dos servidores, por exemplo, o fechamento do aterro sanitário da Capital e libertação de 17 pessoas em trabalho análogo à escravidão em uma fazenda de Coxim, em 2014.

A história do MPT atuando de forma regional começou pela criação da Lei nº 8.470, publicada no Diário Oficial da União nº 192, de 6 de outubro de 1992, simultaneamente à implantação do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região. O trabalho, de fato, só começou em 1992, em uma sala emprestada pelo tribunal.

Ao longo dos anos, a equipe cresceu para 13 procuradores e três sedes. A unidade também conta com oito coordenadorias que tratam de várias temáticas, das principais, sobre o trabalho infantil e condições em que a categoria trabalhista sujeitas pelas empresas.

Recondução da procuradora-chefe

A cerimônia também oficializou a recondução da procuradora-chefe Cândice Gabriela Arosio, à frente da instituição pelo próximo biênio, cargo de gestão administrativa, financeira e de pessoal, além da representação política no âmbito estadual.

Ao Jornal Midiamax, Cândice disse estar honrada de ter os votos renovados. “Tivemos muitos desafios no primeiro período, fiquei durante a pandemia, claro, foi um grande impacto nas relações de trabalho, isso foi um desafio pessoal e profissional, mas uma oportunidade de mostrar ao que o MPT atua em defesa da sociedade e nas relações de trabalho. A intenção é continuar dando apoio administrativo aos colegas para continuar atuando da melhor forma possível em ações constitucionais”, relata.

Recondução da procuradora-chefe Cândice Gabriela (Thalya Godoy, Midiamax)

Para ela, apesar de todos os temas serem importantes, assuntos ligados ao trabalho infantil e de jovens no mercado de trabalho são os preferidos de lidar. Cândice ainda fala sobre o desafio de estar num cargo de chefia.

“Enquanto mulher na função de chefia é compatibilizar todas as nossas tarefas, porque estamos na chefia, mas sou mãe de 3 filhas, tenho casa e esposo. Falo sempre que é como se fosse vários pratos que a gente tenta equilibrar, mas é motivo de muito a honra. Estar numa posição de destaque como essa só reforça que a mulher pode ir onde quiser. Nossa competência é igual dos homens e as oportunidades estão aí para aproveitar”.

Balanço sobre o trabalho

Estiveram na solenidade representantes da parte de várias regiões do Estado, já que o MPT-MS expandiu a atuação para os 79 municípios. Inclusive, se pronunciaram os primeiros funcionários.

“Nosso Estado tem várias peculiaridades, por exemplo, temos a maior população indígena urbana do país, duas fronteiras com dois países e um polo industrial muito importante agora, que traz uma maior atividade agroeconômica. Tudo isso envolve as relações de trabalho, então, temos muito trabalho a ser feito”, finaliza.

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