Paciente não encontra médico em posto e encara maratona de mais de 6 horas por atendimento

Com sintomas gripais, paciente fez a rota recomendada pela Sesau, mas não encontrou atendimento na UBS

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Campo Grande tem pediatras e clínicos gerais escalados. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Às 10h desta segunda-feira (22), um paciente chegou à UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Oliveira em busca de atendimento médico. Ele apresentava sintomas gripais, além de febre. A maratona que começou na UBS passou para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon e segue há mais de seis horas.

O leitor do Jornal Midiamax conta que acordou com febre, dor no corpo, de cabeça e muita fraqueza. Decidiu ir ao médico e fez a rota recomendada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), procurando primeiro a UBS mais próxima.

Lá ele esperou por três horas e 20 minutos, foi informado de que o médico havia ido embora, tendo apenas um enfermeiro disponível para atendimento. “Não quis porque lá quem faz atendimento é médico. Acionei a ouvidoria e a polícia”.

“Estou mal, escorado na parede para não cair”, contou. Por volta das 14h, chegou à UPA Leblon, onde passou pela triagem e até às 16h30 aguardava por atendimento.

“Aqui está super lotado. Tem dois idosos do meu lado que também não foram atendidos e são prioridades”, conta.

Sesau recomenda procurar UBS antes de ir à UPA

Em notas já encaminhadas pela Sesau, a recomendação é sempre que pacientes que não apresentem patologias mais graves, como parada cardiorrespiratória, sintomas de infarto, AVC, falta de ar intensa, intoxicação, suspeita de fratura, queimaduras, entre outros, procurem as unidade básicas e de saúde da família mais próximas da sua casa.

“Assim é possível evitar transtornos por conta da longa espera. As UBSs e USFs estão aptas a realizar consultas de rotina, dor de garganta, dor de cabeça, dor de ouvido, febre, vômito e diarreia, injeções curativos, retirada de pontos, troca de sondas e renovação de receitas. Hoje, 60% dos pacientes que procuram as UPAs e CRSs poderiam ser atendidos na Atenção Primária e, na maioria das vezes, acabam esperando até 4h para serem atendidos na urgência”.

Sobre o caso

Nota encaminhada pela Sesau sobre o caso:

A informação não procede. A unidade está com nove médicos, entre residentes e preceptores, fazendo o atendimento. Neste caso em específico, o paciente chegou após o horário de encerramento da agenda do médico da manhã, por volta de 12h05, e ao ser orientado a passar pela escuta qualificada da enfermagem, se recusou.

A informação é de que o paciente não quis passar pela consulta de enfermagem porque precisava de um atestado. Neste caso, o paciente poderia passar pela consulta de enfermagem e, caso necessário, a profissional poderia encaminhar ele para o médico preceptor dar continuidade no atendimento. No entanto, o mesmo negou e deixou a unidade.

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