O aparecimento de escorpiões é um problema cíclico, com picos na primavera e no verão, porém o inverno de altas temperaturas neste ano tem mudado o cenário. Uma criança morreu nesta semana após ser picada por um escorpião e especialista recomenda cuidados.
O responsável clínico do Ciatox MS (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) e professor adjunto de dermatologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Alexandre Moretti de Lima, explica que é importante manter casas e terrenos limpos, já que os animais se concentram em lixos e entulhos.
“É importante manter o condicionamento dos lixos sempre fechados, armazenados em locais específicos, evitar entulhos, deixar sempre limpos terrenos baldios. Em casa, é fundamental fechar ralo, frestas, colocar água sanitária nos ralos, nos buraquinhos em que eles podem sair, diminuindo a proliferação”, explica o especialista.
Dedetizar os ambientes também é importante e ajuda a controlar o aparecimento de escorpiões, que costumam buscar por alimentos.
Crianças são mais vulneráveis aos escorpiões
As crianças são as mais vulneráveis a picadas de escorpiões, isso devido às brincadeiras no chão e à distração. É preciso redobrar a atenção com as crianças e também com os animais domésticos, que não estão livres do perigo.
Os sintomas iniciais que indicam sinal da gravidade são náuseas, vômitos, salivação e palidez. Mas atendimento médico de emergência deve ser buscado imediatamente após uma ocorrência de escorpiões.
“É importante levar o escorpião porque no posto de saúde vai tirar foto e mandar para os biólogos do Ciatox para analisar a espécie”, orienta o responsável pelo Ciatox.
Geralmente, com o uso de pá ou vassouras, as pessoas empurram o escorpião para dentro de um frasco.
Fale com o Ciatox
Levantamento do Ciatox MS (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica de Mato Grosso do Sul) aponta 3.205 ataques de escorpiões em 2022, sendo 1.101 em Campo Grande.
Para orientação ou tirar dúvidas, os telefones do Ciatox são (67) 3386-8655, 0800-722-6001 e 150.
